fundador da Khan Academy, professor Salman Khan, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falam com a imprensa após encontro com a presidenta Dilma Rousseff

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MEC estuda oferecer na internet vídeos com aulas de universidades

Criado em 16/01/13 18h49 e atualizado em 16/01/13 19h59
Por Yara Aquino Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil [2]

Salman Khan e o ministro Aloizio Mercadante
O fundador da Khan Academy, professor Salman Khan, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falam com a imprensa após encontro com a presidenta Dilma Rousseff (José Cruz/ Agência Brasil)

Brasília – O Ministério da Educação (MEC) estuda disponibilizar na internet vídeos com palestras e aulas de universidades públicas federais. O projeto, chamado Universidade Livre, visa distribuir o conteúdo ao público em geral. A expectativa é que comece a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano, de acordo com ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

“Desta forma, você poderá assistir a aula de qualquer professor em qualquer universidade do Brasil. Se quer um tema específico, entra lá e assiste a palestra. Serve para complementar o curso que está fazendo e isso vai multiplicar a capacidade pedagógica de aprendizagem. A iniciativa não substitui a universidade, não substitui a certificação que é o diploma, mas ajuda a reforçar o processo de aprendizagem”, explicou o ministro.

Mercadante explicou que as universidades terão autonomia para decidir se querem participar do projeto. O assunto, segundo ele, já foi discutido com reitores e foi recebido com “simpatia”.

O ministério promoveu hoje um seminário sobre educação digital, que teve a participação do professor norte-americano Salman Khan, autor de mais de 3,8 mil videoaulas na internet, com 200 milhões de acessos. No evento, Khan defendeu o uso da educação digital como forma de democratizar o acesso ao ensino de qualidade. “O conteúdo ao qual o filho dos mais ricos tem acesso pode ser dado aos menos servidos de educação. Queremos tornar a educação, não em algo escasso, mas em um direito humano que todas as pessoas possam ter”, disse.

Graduado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, sigla em inglês) e com MBA pela Universidade de Harvard, Khan trabalhou no mercado financeiro antes de se tornar conhecido no mundo virtual por postar aulas sobre matemática, física, biologia, química e outras disciplinas, o que o levou a criar uma organização acadêmica, a Khan Academy [3]. Na avaliação de Khan, ferramentas tecnológicas otimizam o tempo dos professores em sala, contribuem para ampliar o contato com os alunos e estimulam o aprendizado individualizado.

Cerca de 400 aulas do professor foram traduzidas para o português pela Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos. O material deverá integrar o conteúdo dos tablets a serem distribuídos neste ano pelo MEC aos professores do ensino médio, informou Mercadante. As aulas podem ser acessadas gratuitamente na internet [4].

“É mais uma opção que o professor tem para ver boas aulas, práticas didáticas exitosas e isso vai enriquecer o repertório dele. Se o professor e a rede municipal ou estadual tiverem interesse de utilizar de uma forma mais intensa, o MEC está disposto a apoiar, não só essa plataforma, mas outras similares”, explicou o ministro.

Edição: Carolina Pimentel

 

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