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Gestores orientam como conciliar família, afeto e finanças
Criado em 17/04/13 10h33
e atualizado em 19/04/13 15h12
Por Adriana Franzin/EBC
Em 18 anos de atuação em consultoria financeira, os autores do livro "Família Afeto e Finanças: como colocar dada vez mais dinheiro e amor em seu lar" acumularam experiências sobre o assunto. Angélica Rodrigues Santos e Rogério Olegário do Carmo perceberam que a maior parte dos conflitos entre cônjuges, pais e filhos e irmãos são por causa de dinheiro. O que impressiona é que não importa se há muito ou pouco. Famílias brigam tanto por falta de condições quanto por disputas pela herança, por exemplo.
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Segundo eles, o segredo para conseguir conciliar os interesses dessas três áreas da vida dependem de muito planejamento e dedicação. Em uma palestra, durante a Feira Literária do Distrito Federal, no último domingo (14), Rogério fez uma analogia ao cuidado com a higiene bucal: "Se você se dedica durante cinco minutos, três vezes ao dia, para manter seus dentes saudáveis, no total, em uma semana, você passa uma hora e quarenta e cinco minutos por semana envolvido com essa função. Por que não fazer o mesmo em relação ao dinheiro?"
Assista aqui ao vídeo em que o casal dá dicas para reformular o orçamento familiar:
Angélica Rodrigues, que é esposa de Rogério e psicóloga, afirma que outro ponto que merece reflexão é interferência da afetividade nas relações de consumo. Ela afirma que os apelos publicitários são direcionados a aspectos inconcientes de sensação de bem estar e é aí que as questões emocionais tomam frente no poder de decisão. A concepção em torno da importância do dinheiro pode levar as pessoas a comprar para suprir carências emocionais, para compensar a falta de carinho, para disfarçar um conflito que não é resolvido.
Para evitar esse tipo de atitude, o casal orienta a fazer a reflexão dos três "sim". Antes de comprar é preciso responder: Preciso? Tenho dinheiro pra isso? Tem que ser hoje? Se a resposta às três perguntas for "sim", a compra vai ser mais consciente e não impulsiva.
Outra estratégia é evitar cortar de uma vez hábitos que dão prazer como forma de economizar. "Você vai fazer ajustes, não cortes, porque se o prazer é esgotado, o lado insconsciente te sabotará no futuro", afirma Angélica Rogrigues. Segundo ela, há duas formas principais de atitude em relação ao dinheiro: a devedora, que prima por economizar, e a investidora, que prefere redistribuir. Quem tem perfil investidor, por exemplo, troca as sessões de cinema do domingo à noite com um combo de pipoca e refrigerante caros, por uma exibição promocional no meio da semana, mas não deixa de ir ao cinema.
Leia aqui um trecho do livro "Família Afeto e Finanças" [5]
Além de repensar as formas de consumo, o casal deve, na opinião de Rogério e Angélica, dialogar muito para tomar as decisões conjuntamente de forma consciente e em benefício à toda a família. As crianças, segundo eles, vão aprender na prática como deve ser a relação com o dinheiro e, se tornarão, no futuro, pessoas naturalmente mais felizes e bem sucedidas em relação a isso.
Saiba mais sobre o livro e sobre o trabalho de Rogério e Angélica aqui. [6]
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