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Como favorecer o sucesso escolar do seu filho?

Criado em 25/11/15 10h19 e atualizado em 25/11/15 10h35
Por Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [2]

É importante compreender os fatores biológicos e ambientais que podem influenciar no sucesso escolar. Outro ponto importante é documentar a incidência dos programas pré-escolares sobre o desempenho acadêmico eventual de uma criança e as melhores práticas para favorecer o sucesso escolar e a obtenção de diplomas. Confira os aspectos deste tema:

Qual é sua importância?

Há alguns anos, as economias dos países desenvolvidos vêm se tornando mais dependentes de uma força de trabalho instruída. Estudantes que não conseguem concluir o ensino médio encontrarão mais dificuldade para garantir emprego significativo que possibilite bem-estar social. Indivíduos que abandonam os estudos são mais propensos a fazer uso de serviços de assistência social e do seguro desemprego e apresentam mais problemas de saúde física e mental. Também são mais propensos a envolver-se em atividades ilegais e abuso de drogas.

O que sabemos?

Pesquisas sugerem que os caminhos para o sucesso acadêmico e a conclusão escolar têm início na concepção e podem ser atribuídos a diferentes fatores, tanto biológicos como ambientais. Esses fatores seguem duas perspectivas diferentes:

- Fatores individuais, tais como experiências, atitudes, comportamentos, habilidades de linguagem e de alfabetização, deficits de atenção e dificuldades para reconhecer e utilizar os sons de palavras faladas antes dos 6 anos de idade, são importantes variáveis para a predição de dificuldades acadêmicas e, em última análise, da saída prematura da escola,  da agressão e do baixo nível de autorregulação – todos associados à evasão escolar;
- Fatores contextuais presentes nas famílias dos estudantes (características demográficas, pobreza, famílias uniparentais com baixos níveis educacionais ou que pertencem a minorias étnicas), nas escolas (educação infantil, qualidade da escola), nas comunidades (utilização de um segundo idioma) e em meio aos colegas.

Sabemos que estudantes que abandonam a escola:

- tendem a ser menos competentes em termos intelectuais e a receber notas e escores mais baixos em testes de desempenho educacional;
- normalmente são provenientes de famílias uniparentais de baixa renda e seus pais estão menos envolvidos em sua educação. Embora as taxas de evasão sejam mais altas em meio a famílias uniparentais e de baixa renda, a maioria dos indivíduos que abandonam a escola vem de famílias biparentais de renda média;
- têm dificuldade para estabelecer relacionamentos com adultos e colegas (competência socioemocional). Crianças rejeitadas, que não têm amigos ou que têm atitudes agressivas, correm risco de ter baixo desempenho acadêmico, repetência, absenteísmo e indolência. Relacionamentos positivos com colegas podem ser um fator de proteção, apoiando a busca acadêmica da criança. A relação entre competência socioemocional e competência acadêmica pode ser recíproca.
- não conseguem desenvolver um sentido de pertencimento ao meio escolar.

Especialistas eminentes identificam diversos resultados comprovados em relação à participação em bons programas de educação infantil ou para a primeira infância e o sucesso escolar subsequente. Os resultados de tais programas têm longo alcance e os efeitos de alguns deles persistem até a idade adulta. Os participantes desses programas:

- obtêm os maiores benefícios, principalmente crianças de famílias de baixa renda;
- são mais propensos a concluir o ensino médio e a frequentar o ensino superior;
- mostram maior motivação para aprender e maior prontidão escolar ao ingressar na escola;
- registram escores mais altos em testes de QI, de desempenho, leitura e matemática;
- registram taxas mais baixas de evasão em comparação com indivíduos com características semelhantes que não freqüentaram esses programas; e
- obtêm benefícios dos efeitos duradouros de níveis educacionais mais altos e de rendas e poupanças mais elevadas ao longo da vida.

O que pode ser feito?

Programas de Educação na Primeira Infância (EPI) são programas organizados supervisionados, com objetivos sociais e educacionais para crianças (até a idade de ingresso no ensino fundamental), durante a ausência temporária de seus pais. A EPI abrange inúmeros programas, os quais variam em relação ao número de horas de funcionamento, à idade das crianças e ao status socioeconômico (SSE) das famílias. Exemplos incluem educação infantil em meio período, instituições de atendimento à criança, programas de intervenção precoce e creches familiares. Há pesquisas em número suficiente para apoiar a expansão de programas de educação infantil e para a primeira infância.

Os programas mais eficazes são aqueles que têm início nos primeiros meses de vida da criança, são mais intensivos, com maior duração, são mais abrangentes e individualizados, oferecem boa qualidade e têm continuidade de alguma forma nos primeiros anos do ensino fundamental. Programas de educação e cuidados para a primeira infância cujas intervenções visam a criança diretamente, que promovem relações estreitas com os pais, estimulam condutas parentais eficazes e promovem as habilidades cognitivas, de linguagem e de alfabetização da criança são os mais eficazes e os que produzem a melhor relação custo-benefício.

Para prevenir dificuldades iniciais que possam resultar em fracasso escolar e abandono precoce no ensino médio, algumas ações foram propostas em complementação aos programas de educação infantil:

- É preciso estudar os efeitos de longo prazo dos programas de educação infantil sobre a conclusão escolar;
- É essencial a avaliação dos atuais programas de educação infantil, tendo em vista que programas ineficazes podem ter impacto negativo sobre o desempenho acadêmico da criança;
- É necessário desenvolver um número maior de pesquisas para determinar a idade ideal para iniciar a participação no programa, assim como sua duração.

Creative Commons - CC BY 3.0

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