Imagem: Kaytaria / Flickr

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Você conhece Frida Kahlo?

Criado em 13/04/16 06h55 e atualizado em 14/04/16 12h23
Por Adriana Franzin - Portal EBC*

 Filha do famoso fotógrafo judeu-alemão Guillermo Kahlo e de Matilde Calderon y Gonzales, mestiça indígena, Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 em Coyoacan, México. 

Quando criança, ela se vestia como menino. Aos seis anos, ela sentiu uma forte dor na perna direita. Descobriu que era poliomielite. Passou nove meses isolada, em casa. Ficou com uma deficiência no pé e mancava. Seu pai a ajudou a suportar as dificuldades e deboches incentivando ela a praticar esportes como natação, boxe e luta.

Durante a infância, o México passou por um período conturbado de revolução. O conflito marcou a personalidade dela, fortalecendo a cultura nacional. Ela foi uma das primeiras mulheres a entrar na Escola Preparatória Nacional, em 1922. Aos 15 anos, aprendeu a ler em três idiomas e decidiu que queria ser médica. 

Em 1925, o ônibus em que estava se colidiu com um bonde. O bonde atravessou o ônibus, atropelando muitas pessoas. Os médicos achavam improvável que Frida sobrevivesse: tinha quebrado a coluna e a pélvis em três lugares; a perna direita, em onze; a clávicula e três costelas; o pé direito tinha sido deslocado e esmagado.

Precisou ficar deitava para se recuperar por muito tempo. E, para passar o tempo, começou a pintar. 

Ela pintava para si mesma, como uma forma de lidar com a dor que sentia e para preencher o tempo. Suas obras retratam a sua vida, seus sofrimentos e dores e, também, seus sentimentos intensos de paixão, resiliência, amor à vida. 

Aos 21 anos ela estava recuperada e partiu para a cidade. Se uniu a um grupo de socialistas, marxistas, onde se encontrou e se apaixonou por Diego Rivera, pintor muralista muito reconhecido na época. Já tinha sido casado duas vezes e tinha três filhos. Ele gostava das pinturas dela e passou a gostar de Frida também. Logo se casaram.

O casamento tinha muitas complicações e Frida sofria muito com isso. Passou a pintar telas cada vez menores e sem anseios de se tornar uma artista reconhecida. Mas suas obras, tão expressivas, fortes, marcantes e de um estílo singular foram pintadas nessa época. Engravidou e perdeu o bebê.

Eles moraram em São Francisco, Nova Iorque e Detroit, nos Estados Unidos. Ela teve o segundo aborto e quase morreu outra vez. Voltaram ao México e Diego se envolveu com a irmã dela. Frida cortou os cabelos, deixou de vestir vestidos coloridos e floridos e se mudou pra outra casa, levando seu macaco. Depois de um ano, Frida fez as pazes com a irmã e com Diego e foram morar juntos numa mansão construída por ele. Tempos depois participou de uma exposição coletiva e começou a atrair a atenção dos críticos de arte.

Foi convidada, em seguida, para expor suas obras em Nova Iorque e foi um sucesso. Dali seguiu para França, onde também foi aclamada. Aos 32 anos, ela já era conhecida e reconhecida por seu trabalho. Se separou novamente de Diego e sua saúde se complicou outra vez. Ela se tratou em São Francisco e, depois de um tempo, decidiu se casar novamente com Diego. 

Problemas de coluna pioraram drasticamente e Frida se viu presa ao leito e a vários coletes, de aço e gesso para se sustentar. Ela não andava mais. E pintava retratos sobre ela e sobre o comunismo. 

Em 1953, uma amiga de Frida, Lola Bravo, quis fazer uma exposição só com as obras dela. Ela estava acamada. E foi assim que recebeu seus amigos e admiradores. Eles cercaram a cama dela e fizeram uma grande festa. Dois meses depois, os médicos decidiram amputar a parte inferior da perna direita dela, por conta do agravamento do estado do pé defeituoso.

Em seu último quadro, pintado dias depois da cirurgia, ela retratou melancias cortadas e escreveu "Viva la vida" (Viva a vida).

Vítima de uma embolia pulmonar, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon morreu em 13 de julho de 1954, aos 47 anos. Ela foi encontrada sem vida na casa construída pelo seu pai, onde nasceu. As últimas palavras foram encontradas em seu diário: “Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais”. 

 
* Com informações do documentário Vida e Obra de Frida Kahlo [10]
Tags:  Frida Kahlo [11], Artista [12], México [13]
Creative Commons - CC BY 3.0

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