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Policiais e professores em greve entram em confronto em Curitiba

Criado em 28/04/15 20h03 e atualizado em 28/04/15 20h07
Por Da Agência Brasil Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil [2]

Policiais militares e professores da rede estadual de ensino do Paraná, em greve desde ontem (27), entraram em confronto na madrugada e na manhã de hoje (28) nas proximidades da Assembleia Legislativa do estado, em Curitiba, onde será votado um projeto de lei que pretende alterar a previdência dos servidores estaduais.

Por volta das 11h, eles tentaram chegar ao prédio com um caminhão de som. Entretanto, a Polícia Militar (PM) traçou um perímetro de segurança em torno da Assembleia e a entrada do caminhão de som foi impedida.

Segundo o Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), quando um caminhão tentou furar o bloqueio, começou a confusão. “Nesse momento, a polícia jogou bombas de gás, [utilizou] sprays de pimenta, [disparou] balas de borracha e [atacou com] cacetetes os manifestantes. Os professores não reagiram”, disse Luiz Fernando Rodrigues, da direção do sindicato. Um jato de água também foi jogado nos manifestantes.

Nesse momento, a polícia jogou bombas de gás, [utilizou] sprays de pimenta, [disparou] balas de borracha e [atacou com] cacetetes os manifestantes. Os professores não reagiram”

Em seguida, os policiais recuaram o bloqueio e permitiram a entrada do caminhão de som na rua em frente à Assembleia. Policiais e professores já haviam entrado em confronto na madrugada, também em função de um caminhão de som. A PM pedia a retirada do carro do perímetro, mas os professores tentaram impedir. De acordo com Rodrigues, o caminhão de som é importante para organizar os manifestantes. 

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública de Paraná informou que estava cumprindo “uma ordem do Tribunal de Justiça do Paraná concedida para a Assembleia Legislativa em que garante o livre exercício dos poderes constituídos pela legislação”. A corporação acrescentou que “vai agir com o devido respeito aos professores, em consonância com o livre direito constitucional de manifestação, mas com o devido rigor com qualquer pessoa que venha a danificar o patrimônio público e privado”.

Os professores permanecem em frente à Assembleia e não houve novos confrontos. Eles entraram em greve contra o projeto encaminhado pelo Executivo para alterar a previdência estadual.  O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.

“Os servidores são contra o projeto, porque isso vai tirar dinheiro da aposentadoria para melhorar as contas do governo”, disse Rodrigues. A votação do projeto foi suspensa e deve continuar amanhã na Assembleia Legislativa do Paraná. Ônibus de diversas cidades paranenses estão indo para Curitiba para participar da manifestação prevista para amanhã. O governo estadual também está deslocando policiais do interior do estado para a capital para reforçar o efetivo durante o protesto.

O secretário da Casa Civil, Eduardo Sciarra, disse em nota que o projeto proposto pelo governo estadual é a melhor opção para a previdência estadual. “A medida é totalmente adequada e não trará nenhum prejuízo aos servidores públicos”, garantiu. Segundo o governo, a expectativa é economizar R$ 1,5 bilhão anualmente.

No início do ano, os profissionais da rede estadual de ensino ficaram em greve por 29 dias [3]contra projeto semelhante do governo do Paraná, além de outras reividicações. Na época, eles chegaram a ocupar o plenário da Assembleia Legislativa.

 

Tags:  greve [6], Curitiba [7], greve de professores [8], paraná [9], Fundo de Previdência [10], Geral [11]
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