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Estado e sociedade têm que debater uso de transgênico e agrotóxico, diz Patrus

Criado em 23/06/15 11h03
Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil Edição:Valéria Aguiar Fonte:Agência Brasil [2]

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse hoje (23) que o Estado, as organizações não governamentais, universidades e a sociedade civil precisam debater o limite dos usos de agrotóxicos e sementes transgênicas no Brasil. Segundo ele, o Plano Safra da Agricultura Família [3], lançado ontem (24), prevê o apoio à conservação e valorização de sementes e mudas nativas, chamadas de crioulas.

"Estamos lançando junto esse programa, para valorizar sementes e mudas que não sejam transgênicas e que sejam vinculadas à tradição das agricultoras e agricultores familiares, considerando, inclusive, as diversidades regionais do país. Vamos ampliar as parcerias já feitas com a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], com universidades, sempre nessa linha de termos uma agricultura saudável, com o mínimo ou totalmente liberta de agrotóxicos”, disse.

O ministro acrescentou que o tema é importante e inclusive foi levantado diretamente pelo papa Francisco em sua encíclica [4] sobre as questões ambientais e sociais.

Patrus também ressaltou o papel da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), criada em 2013 e que agora sai do papel com a nomeação do seu presidente, o engenheiro agrônomo Paulo Cabral, pela presidenta Dilma Rousseff.

“Começamos, então, a consolidar a Anater e a parte da assistência técnica começa a ter uma referência pública. Queremos e vamos manter as parcerias com universidades e entidades privadas mas sob uma diretriz pública, com ações integradas dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e da Agricultura, para garantir que os agricultores familiares tenham acesso a novas tecnologias e novos conhecimentos para melhorar e ampliar a sua produção”, disse Patrus.

Além de outras propostas previstas no Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, o ministro falou sobre o acordo feito com os movimentos pela reforma agrária e delegado pela presidenta Dilma Rousseff de apresentar em 30 dias um plano de reforma agrária para o país [5]. “Nós estamos trabalhando nesse plano e nossa determinação é que até o final do governo Dilma, até 2018, nós tenhamos assentados em condições dignas todas as famílias acampadas no Brasil”, ressaltou.

O ministro do Desenvolvimento Agrário participou hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

Editor Valéria Aguiar
Creative Commons - CC BY 3.0

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