O prédio, que deverá ser demolido para as obras de modernização do complexo esportivo do estádio para a Copa do Mundo de 2014, está ocupado desde 2006 por cerca de 30 índios, que ali fundaram a Aldeia Maracanã

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Polícia de Choque cerca Museu do Índio no Rio

Criado em 22/03/13 06h27 e atualizado em 22/03/13 07h16
Por Vladimir Platonow Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil [2]

Antigo Museu do Índio
Os policiais militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar as pessoas que estão do lado de fora. (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

Rio de Janeiro – Policiais do Batalhão de Choque cercam desde a madrugada o prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O imóvel deverá ser desocupado ainda hoje (22), por ordem da Justiça Federal, a pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, que deseja reformar o local para receber o Museu Olímpico.

Cerca de 50 policiais chegaram por volta das 3h e isolaram o prédio, impedindo a entrada de manifestantes e de jornalistas. Os policiais militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar as pessoas que estão do lado de fora.


Leia mais:

Índios prometem resistir à desocupação determinada pela Justiça [3]

 

Um grupo de manifestantes sentou-se no meio da Avenida Radial Oeste, uma das principais da cidade, que liga a zona norte ao centro. O clima é tenso no local, à espera do oficial de Justiça que deverá trazer a ordem de imissão de posse.

Do lado de dentro do museu, índios que ocupam o prédio desde 2006 seguram arcos e flechas e prometem resistir e permanecer no local. Entre os indígenas, há mulheres, idosos e crianças.

Construído no século 19, o prédio abrigou o Serviço de Proteção ao Índio, comandado pelo marechal Candido Rondon, e depois foi transformado em Museu do Índio, tendo entre seus diretores o antropólogo Darcy Ribeiro. Os indígenas desejam que o local abrigue um centro cultural.

O governo do Rio se comprometeu a construir [4], até o final de 2014, um centro de referência indígena no terreno onde atualmente está a estrutura desativada do Presídio Evaristo de Moraes, conhecido como Galpão da Quinta, no parque da Quinta da Boa Vista. Outra alternativa seria construir o centro em Jacarepaguá, na zona oeste, em uma área verde onde funcionou a colônia de hansenianos de Curupaiti. A proposta foi apresentada ontem (21) a representantes dos índios que ocupam o prédio do antigo museu.
 
Edição: Juliana Andrade

Creative Commons - CC BY 3.0

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