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Mais de 1,5 milhão de peregrinos devem participar do encerramento da JMJ
Criado em 27/07/13 10h35
e atualizado em 27/07/13 13h28
Por Flávia Villela
Edição:Andréa Quintiere
Fonte:Agência Brasil [2]
Rio de Janeiro – Sob chuva fina, milhares de fiéis aglomeram-se desde o início da manhã de hoje (27) em frente ao Monumento dos Pracinhas, no centro do Rio, para retirar o kit da vigília. Outros já iniciaram o percurso de 9,5 quilômetros até a Praia de Copacabana, zona sul, onde o papa Francisco tem o último compromisso do dia, a Vigília de Oração, a partir das 19h30. Segundo a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mais de 1,5 milhão de peregrinos devem participar do encerramento do evento.
O kit pesa cerca de 3 quilos e contém as cinco refeições para o final de semana: almoço, jantar e ceia para hoje e café da manhã e almoço para amanhã (28). Ao longo do caminho estão montadas tendas de reciclagem para recolhimento do lixo.
Quem chegou mais tarde precisou ter paciência. Com a chuva e a multidão, os kits foram sendo entregues vagarosamente, mas não houve tumulto. Bem-humorado, o piuiense Marcos Santos esperava na fila com um grupo de amigos tocando violão. “Quem canta, os males espanta”, brincou. “Se parar de chover na hora da Procissão do Santíssimo Sacramento e durante a noite, para não dormirmos na areia molhada, já está bom demais”, completou.
Os fiéis estão saindo da Central do Brasil em direção a Copacabana. Uma das faixas da Avenida Presidente Vargas, toda a Avenida Rio Branco, uma das pistas do Aterro do Flamengo e da Enseada de Botafogo e as avenidas Lauro Sodré, Princesa Isabel e Atlântica estarão interditadas ao trânsito.
Até meio-dia, o acesso a Copacabana pode ser feito de carro pela Rua da Passagem e uma faixa da Lauro Sodré. A partir desse horário, todos os acessos serão fechados ao tráfego de veículos e só será possível entrar em Copacabana a pé ou de metrô. A liberação total do bairro ao trânsito ocorrerá às 19h de domingo.
Toda a rota da peregrinação está sinalizada e conta com apoio de postos médicos. O acesso ao Aeroporto Santos Dumont, no centro, está garantido, mas a prefeitura pede que as pessoas saiam mais cedo de casa para evitar transtorno.
A maioria dos peregrinos carrega malas e sacos de dormir para a vigília na praia, que se estende até as 10 horas de amanhã, quando o papa Francisco reza a Missa de Envio, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, de ministros de Estado e presidentes latino-americanos. Banheiros químicos foram espalhados ao longo do Aterro do Flamengo.
Um grupo de paraguaios se adiantou e chegou em Copacabana às 7h. Javier Alonso Perez, de 17 anos, disse que não conseguiu dormir por causa da ansiedade. “Queremos encontrar um bom lugar para a Missa de Envio. Que pena que acaba amanhã. Está sendo bom demais”, comentou ele, que pretende dormir na praia para fazer a vigília.
Embora o início do trajeto começasse da Central do Brasil, muitos preferiram encurtar o caminho, como a aposentada, Maria de Lourdes Farinha, de 68 anos, que preferiu pegar um ônibus. “Na minha idade, minha filha, não aguento mais caminhar tanto assim. Mas o que importa é ter fé, né?”, desculpou-se.
O percurso da peregrinação foi alterado devido às chuvas. O terreno em Guaratiba, na zona oeste do Rio, acabou ficando alagado [3]. Um esquema especial foi improvisado [4] há dois dias para atender às centenas de milhares de católicos que participam do evento.
A prefeitura permitiu que os participantes da JMJ dormissem na praia sem a utilização de barracas. Para quem quiser voltar para casa, não haverá compra antecipada de bilhetes do metrô. Além disso, quatro das 32 estações serão fechadas para agilizar o transporte: Presidente Vargas, Cinelândia, Catete e Cantagalo.
Edição: Andréa Quintiere
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