Cerca de 200 haitianos aguardam visto provisório para trabalhar no país. Eles vivem em condições precárias e se alimentam de doações.

Imagem:

Compartilhar:

Imigrantes fazem marcha em São Paulo e pedem lei mais flexível para regularizar permanência no Brasil

Criado em 01/12/13 17h01 e atualizado em 01/12/13 17h46
Por Marli Moreira Edição:Andréa Quintiere Fonte:Agência Brasil [2]

São Paulo – Um grupo de manifestantes participou hoje (1º) da 7ª Marcha dos Imigrantes no centro da cidade, defendendo maior flexibilização da nova lei que regula a permanência dos estrangeiros no país. O ato pacífico reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, mas estimado em quase mil pelos organizadores.

A concentração começou por volta das 9h, na Praça da República, de onde os manifestantes saíram rumo à Praça da Sé. Por volta das 12h30, ocupavam duas faixas da Avenida São Luiz, na esquina com a Rua da Consolação. Com a ajuda de um carro de som, bandeiras e cartazes, eles procuraram esclarecer a população sobre as reivindicações, com foco em favor de uma anistia que beneficie os estrangeiros que vivem ilegalmente no país.

Leia também

Tião Viana diz que é preciso "frear" entrada de imigrantes ilegais no Brasil [3]

Para o porta-voz do grupo, Nelson Bisson, um dos coordenadores do Centro de Apoio ao Migrante (Cami), é “ruim” o teor da nova lei que trata da situação dos imigrantes, em tramitação no Congresso Nacional. “Ela [lei] tem artigos que criminalizam os imigrantes”, justificou ele.

Ouça ainda: Polícia Federal identifica empresas que contrataram imigrantes ilegais

Bisson informou que tem aumentado a vinda de pessoas pobres oriundas, principalmente, da Bolívia, do Peru e da Colômbia. “Muitos são atraídos por coiotes [intermediários] para trabalhar como escravos em oficinas de costura e já chegam devendo pelo transporte, comida e outras despesas lançadas pelos agenciadores”.

Segundo ele, só na capital paulista existem entre 18 a 20 oficinas. Como são locais insalubres, as mães não podem manter os filhos junto delas nos locais de trabalho e, sem acesso a creches, essas estrangeiras sofrem muitos transtornos. Além disso, o porta-voz do grupo disse que a maioria não consegue tirar a documentação para legalizar a residência no país porque o trâmite é muito burocrático e caro.

Edição: Andréa Quintiere

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia [11] Fazer uma Reclamação [11] Fazer uma Elogio [11] Fazer uma Sugestão [11] Fazer uma Solicitação [11] Fazer uma Simplifique [11]

Deixe seu comentário