Compartilhar:

Amigo de dançarino morto no Rio diz que eles sofreram ameaças de PMs

Criado em 24/04/14 22h44 e atualizado em 25/04/14 09h15
Por Da Agência Brasil Edição:Juliana Andrade e Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil [2]

O artista e bombeiro civil Paulo Henrique dos Santos, de 37 anos, amigo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira (conhecido como DG), foi nesta quinta-feira (24) à delegacia para denunciar que os dois sofreram ameaças de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão-Pavãozinho, na zona sul da capital fluminense, no sábado de madrugada (19). A informação sobre a ida à delegacia é do advogado da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Rodrigo Mondego, que acompanha o caso.

Leia mais notícias:

Delegado diz que não há indícios de que jovem morto no Rio tenha sido espancado [3]

Anistia Internacional pede esclarecimento de mortes no Pavão-Pavãozinho [4]

Santos informou mais cedo que foi abordado por policiais que o chamaram de bandido. “Uma guarnição da UPP Pavão-Pavãozinho composta de nove militares chegou para mim e ficou falando que eu era bandido, que eu era vagabundo, que vivia no meio de um monte de marginal”, relatou o artista, que disse morar na comum idade há 37 anos. O bombeiro civil contou que, no momento da ameaça, eles estavam acompanhados por integrantes do Bonde da Madrugada, grupo em que DG dançava.

“Eu falei pra ele [policial]: 'Ali na frente onde eu estava, onde o senhor está falando que tem um monte de bandidos, de traficante, tem pessoas do bem, inclusive pessoas do Bonde da Madrugada, da [apresentadora] Regina Casé, do [programa da TV Globo] Esquenta'.” Santos relatou que disse ao policial que ele e DG gravariam um clipe. “Ele falou: 'Quem? O DG do Esquenta? Eu sei em que esquenta ele trabalha. Ele também é bandido'.”

O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira foi encontrado morto na terça-feira (22) em uma creche na comunidade. A Polícia Civil investiga se há envolvimento de PMs na morte do rapaz.

Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), os policiais não sabiam que o rapaz foi morto e só descobriram o corpo depois, junto com peritos da Polícia Civil. Um procedimento apuratório foi aberto pela CPP.

Editor: Juliana Andrade e Carolina Pimentel

Tags:  Geral [5], UPP [6], polícia militar [7], PM [8], delegacia [9], ameaças [10], Pavão-Pavãozinho [11]
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia [12] Fazer uma Reclamação [12] Fazer uma Elogio [12] Fazer uma Sugestão [12] Fazer uma Solicitação [12] Fazer uma Simplifique [12]

Deixe seu comentário