Entre 2001 e 2011, mulheres e trabalhadores do mercado informal foram os que apresentaram os maiores ganhos reais, de 22,3% e 21,2%, respectivamente

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Brasil cria 112,4 mil empregos em março

Criado em 17/04/13 16h30 e atualizado em 17/04/13 16h40
Por Carolina Sarres Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil [2]

Brasília - A geração de postos de trabalho formais em março teve leve queda em relação ao mês anterior, saldo de 112,4 mil vagas, ante 123,4 mil vagas criadas em fevereiro [3]. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (17). O saldo foi o melhor para março nos últimos três anos.

O resultado é o cálculo da diferença entre mais de 1,8 milhão de trabalhadores admitidos e 1,7 milhão demitidos. Janeiro foi o mês até agora com o pior desempenho, com a criação de 28,9 mil postos - resultado mais baixo desde 2009, ano da crise financeira internacional. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, a expectativa do governo é a de que o ano termine com a geração de cerca de 1,7 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada.

O saldo verificado em março seguiu igual dinâmica do mesmo mês em 2012, quando foram criados cerca de 111,7 mil postos de trabalho. Para o ministro, o resultado do mês passado indica a recuperação do mercado de trabalho, diante do fraco desempenho de janeiro. "Em fevereiro houve crescimento, nesse mês [março] também. Esperamos que estejamos em processo de recuperação e geração de emprego", explicou Dias.

Segundo ele, ainda que o Banco Central decida aumentar a taxa básica de juros, a medida não deverá ter impacto negativo sobre o mercado de trabalho. "[O mercado] vai continuar aquecido por causa do movimento econômico que se verifica no país. A economia não é só a indústria de transformação, mas uma soma de resultados", disse.

A indústria de transformação foi o segundo setor com o melhor desempenho, segundo dados do Caged - com mais de 25,7 mil postos criados em março. O melhor desempenho ficou com o setor de serviços, com a criação de 61,3 mil empregos - com destaque para as áreas de educação, comércio, administração de imóveis, transportes, comunicação e serviços médicos.

"Na minha opinião, serviços é o emprego do futuro. Isso se dá pela ascensão da economia, pela melhoria de salários e pela maior circulação de recursos no país. Mensalmente, são bilhões injetados na economia, o que gera novos empregos. O crescimento se dá em uma cadeia", informou o ministro.

A agricultura, por outro lado, teve o pior desempenho levantado pelo Caged, com o fechamento de 4,4 mil postos, concentrados na Região Nordeste. Outra área com desempenho negativo foi o de serviços industriais de utilidade pública.

"A agricultura nesse mês [março] foi ruim, especialmente a indústria sucroalcooleira. Os destaques negativos foram Pernambuco e Sergipe", disse Dias, sobre o fechamento de 3,3 mil e 2,3 mil vagas nesses estados, respectivamente.

De acordo com os dados do Caged, houve o acréscimo de 1,7% nos salários de março em comparação aos rendimentos de fevereiro, de R$ 1.061,71 para R$ 1.079,92.

 

Edição: Carolina Pimentel
 

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