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Paraguai sinaliza que fará referendo para definir permanência no Mercosul

Criado em 15/08/12 08h43 e atualizado em 15/08/12 08h59
Por Renata Giraldi* Edição:Graça Adjuto Fonte:Repórter da Agência Brasil [2]

Brasília – O presidente do Paraguai, Federico Franco, pretende promover um referendo para que a sociedade decida se o país deve permanecer no Mercosul. O referendo pode ocorrer em abril de 2013 durante as eleições majoritárias. O Paraguai foi suspenso do bloco em junho, depois que os líderes sul-americanos levantaram dúvidas sobre a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder – em 22 de junho.

"Não é uma decisão rápida nem prática que possa ser tomada por alguns, que solicitam a saída do Mercosul, não é fácil”, disse o presidente durante solenidade. "Para tomar essa decisão, eu não descarto a realização de um referendo”, acrescentou. “Pessoalmente, não endosso essa possibilidade.”

O Mercosul foi criado em 1991 e é integrado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, Paraguai e pela Venezuela – que foi integrada ao grupo no último dia 31, em cerimônia em Brasília, na presença dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Hugo Chávez (Venezuela).

Além do Mercosul, o Paraguai foi suspenso também da União de Nações Sul-Americanas(Unasul) como pressão dos líderes da região devido à forma como Lugo deixou o poder. Os paraguaios protestaram, informando que o processo foi legal e seguiu os preceitos da Constituição.

No entanto, desde a semana passada, Franco tem anunciado medidas controvertidas envolvendo alguns parceiros sul-americanos. O presidente disse que pretende revisar o acordo entre o Paraguai e o Brasil sobre o uso de energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. Segundo ele, os paraguaios deixarão de “ceder” energia para o Brasil.

As autoridades brasileiras reagiram, informando que há um acordo que deve ser respeitado e que para revisá-lo é necessário seguir uma série de trâmites. O governo brasileiro nega que a energia seja cedida pelo Paraguai. Segundo o governo, a energia é comprada.

*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay.

Edição: Graça Adjuto

Creative Commons - CC BY 3.0

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