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Assad apela a diálogo durante visita da ONU
Criado em 15/09/12 10h27
e atualizado em 15/09/12 11h03
Por EBC
Fonte:Agência Lusa [2]
Damasco (Agência Lusa) – No dia em que termina a visita do representante especial da ONU e Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, que substituiu Koffi Annan, no início de agosto, o presidente sírio, Bashar al-Assad, apelou a um diálogo inter-sírio.
“O verdadeiro problema na Síria é combinar o aspeto político e o trabalho no terreno. O trabalho sobre o aspeto político continua, com um apelo a um diálogo centrado nas aspirações do povo sírio. O sucesso da ação política depende das pressões sobre os países que financiam e treinam os terroristas e fazem entrar armas na Síria, para que deixem de o fazer”, afirmou Assad durante encontro com o emissário internacional em Damasco, capital da Síria.
O regime sírio acusa os países ocidentais e sobretudo o Qatar e a Arábia Saudita de financiarem e armarem os rebeldes. Assad assegurou que o país “cooperará totalmente com todos aqueles que trabalham sinceramente e de modo neutro e independente para resolver a crise”.
Além de Assad, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Walid Mouallem, e a conselheira presidencial, Boussaina Chaanane, participaram no encontro com o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe.
Lakhdar Brahimi considerou após a reunião que o conflito na Síria representa uma “ameaça para o povo sírio, para a região e para o mundo”. “Vamos fazer o nosso melhor para avançar e para utilizar todos os nossos esforços e possibilidades na ajuda ao povo sírio”, adiantou o emissário ajornalistas em um hotel de Damasco.
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Brahimi disse que o governo sírio prometeu ajudar o gabinete do mediador em Damasco para que ele possa realizar o seu trabalho. O gabinete será dirigido pelo diplomata Mokhtar Lamani.
O representante da ONU afirmou que o presidente Assad "percebe a gravidade desta crise", destacando "a necessidade de todas as partes unirem esforços para encontrar uma solução ".
Durante o encontro entre Assad e Brahimi, que está na Síria pela primeira vez desde que substituiu Kofi Annan no início de agosto, ouviam-se bombardeamentos nos subúrbios de Damasco.
Desde o início dos protestos populares contra o regime em março de 2011, que depois se transformou numa guerra civil, já foram mortas mais de 26.000 pessoas na Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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