Escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano.

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Eduardo Galeano participa de protesto contra transferência de juiza no Uruguai

Criado em 15/02/13 19h15 e atualizado em 18/02/13 09h57
Por Portal EBC*

Eduardo Galeano
Escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano participou de protesto contra transferência de juíza. (Mariela De Marchi Moyano / Creative Commons)

Centenas de uruguaios participaram de uma manifestação em frente a Suprema Corte de Justiça do do país nesta sexta-feira (15), entre eles o escritor Eduardo Galeano. O motivo do protesto foi a transferência da juíza Mariana Mota, que investigava violações de direitos humanos durante a ditadura no Uruguai (1973-1985) .

A mobilização foi convocada na quinta-feira (14) por organizações sindicais e em defesa dos direitos humanos por meio das redes sociais, após o anúncio de que a juiza fhavia sido transferida pela Suprema Corte da justiça penal para a civil.

Mariana Mota estava a frente de um julgamento penal que investiga mais de 50 casos de homicídios, desaparições e torturas ocorridos na

ditadura. Em 2010 a juíza condenou a 45 anos de prisão o ex-presidente constitucional e depois ditador, Juan Bordaberry (1972-1976), falecido

Juíza uruguaia que investigava crimes da ditadura é transferida no Uruguai
A juíza Mariana Mota estava a frente de um julgamento penal que investiga mais de 50 casos de homicídios, desaparições e torturas ocorridos na ditadura uruguaia que devem passar às mãos de outro magistrado ainda não designado. (Agência Télam)

em julho de 2011 por 11 delitos de lesa humanidade .

Mota se apresentou à sede do Poder Judicial para juramentar o novo cargo, mas a ação dos manifestantes impediu a formalização, que teve que ser adiada após uma intervenção policial para desocupar o prédio.uruguaia que devem passar às mãos de outro magistrado ainda não designado.

Questionamentos

Após ser informada sobre sua transferência, a juiza afirmou que uma mudança intempestiva em caso de um juiz que tem casos importantes “obstaculiza a visão de Justiça”.

O presidente da Suprema Corte, Jorge Ruibal Pino negou que haja motivos ocultos na trasferência e afirmou que Mota “não tem assuntos mais importantes que os outros juízes”.


O deputado Luis Puig do partido governista Frente Ampla classificou como incompreensível a atitude da Suprema Corte e afirmou que ela beneficia os violadores de direitos humanos. O chanceler Luis Almagro afirmou que Mota aplicava cabalmente as convenções internacionais e de direitos humanos e, com sua transferência a um tribunal civil, “Uruguai perde posicionamento internacional”.

* Com informações das agências públicas de notícias da Argentina, Télam [2] e de Cuba, Prensa Latina [3]

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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