O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho de 2012

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Irã elege novo presidente nesta sexta-feira

Criado em 12/06/13 10h49 e atualizado em 12/06/13 11h06
Por © Agência Lusa

Mahmoud Ahmadinejad
Creative Commons - CC BY 3.0 -

O Irã realiza na sexta-feira (14) eleições presidenciais para escolher o sucessor de Mahmud Ahmadinejad, uma corrida dominada pelos conservadores mas em que a multiplicação do apoio ao único candidato moderado, Hassan Rowhani, pode gerar tensões.

Na reta final da campanha, que termina oficialmente às 8h de quinta-feira (13), multiplicaram-se os apelos para que os quatro conservadores na corrida desistam em favor daquele que, de entre eles, estiver mais bem colocado para vencer - o presidente da câmara de Teerã, Mohammad Bagher Ghalibaf, ou o negociador nuclear Said Jalili.

São chamados à votação cerca de 50,5 milhões de eleitores que deverão escolher um presidente entre seis candidatos – cinco conservadores e um moderado -, mas também 207 mil conselheiros locais e municipais.

Moderados e reformadores uniram-se em torno de Hassan Rowhani, cujas hipóteses foram reforçadas com os apoios declarados pelos ex-presidentes Akbar Hachemi Rafsandjani (moderado) e Mohammad Khatami (reformador), e a desistência do outro candidato moderado, Mohamad Reza Aref, a pedido de Khatami.

Rowhani, um clérigo moderado de 64 anos, defende uma política de diálogo com as potências ocidentais nas negociações sobre o programa nuclear iraniano para aliviar as sanções internacionais e os graves problemas econômicos decorrentes.

Segundo uma das poucas sondagens tornadas públicas, realizada pela agência Mehr junto a 10 mil eleitores, Ghalibaf lidera a corrida com 17,8% das intenções de voto, seguido de Rowhani (14,6%) e de Jalili (9,8%). A dois dias da eleição, 30% estão indecisos.

Os outros candidatos são o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Ali Akbar Velayati, o antigo responsável dos Guardas da Revolução Mohsen Rezai e o ex-conselheiro municipal de Teerã, Mohammad Gharazi.

O ambiente eleitoral é descrito por jornais internacionais como "muito controlado". Os comícios na rua foram proibidos, só podendo realizar-se em estádios e pavilhões, e as candidaturas aprovadas pelo Conselho dos Guardiães da Constituição são dominadas pelos conservadores próximos do guia supremo, o ayatollah Ali Khamenei para evitar a contestação que marcou as eleições de há quatro anos.

Os dois "rostos" do "movimento verde" pró-reformador de 2009, Mir Hossein Musavi e Mehdi Karubi, continuam em prisão domiciliária e as candidaturas de destacadas figuras moderadas, como o ex-presidente Rafsandjani, foram recusadas - segundo o próprio, por pressão de "um alto dirigente da segurança" do regime.

Num discurso pronunciado hoje, o ayatollah Khamenei voltou a apelar à participação na eleição: “Sim, insisto numa presença maciça dos iranianos na eleição, porque isso vai desencorajar os inimigos que pretendem reduzir a pressão (exercida pelas sanções internacionais) e escolher outra via”.

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