Unasul se reúne no Peru para discutir a situação do Paraguai

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Próxima reunião do Mercosul negociará reingresso do Paraguai

Criado em 10/07/13 09h05 e atualizado em 10/07/13 09h08
Por © Agência Lusa

A próxima reunião do Mercosul, que se realiza na sexta-feira (12), no Uruguai, será marcada por discussões sobre o reingresso do Paraguai, suspenso desde junho de 2012, e sobre as negociações com a União Europeia.

Afastado das decisões do grupo desde o afastamento do então presidente Fernando Lugo, o Paraguai deverá ser readmitido na organização apenas em agosto, quando o novo líder, Horácio Cartes, tomará posse.

A reintegração paraguaia, no entanto, ainda é um tema delicado, tendo em vista que durante o seu afastamento os demais membros aprovaram a entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul, medida à qual o Paraguai se opunha.

"O Paraguai sente-se muito desconfortável com a entrada da Venezuela e não está disposto a aceitar simplesmente o que aconteceu, haverá alguma negociação e já se sabe que vão exigir a presidência pro-tempore do bloco", avançou à agência de notícias Lusa o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) especialista em temas do Mercosul, Paulo Ferracioli.

A previsão oficial é de que a Venezuela receba a presidência rotativa, atualmente exercida pelo Uruguai, tendo em vista que a transferência ocorrerá nesta reunião quando o Paraguai ainda estará suspenso.

Para o analista, o caso da recusa de alguns países europeus, incluindo Portugal, de autorizar uma escala ou o sobrevoo do avião do presidente boliviano, Evo Morales, também deverá ressurgir durante o encontro, com os líderes latino-americanos a exigir desculpas por parte da União Europeia para que as negociações entre os dois blocos prossigam.

"Surgiu um problema novo que é a questão do avião do Morales, porque se explicitou um tratamento muito desrespeitoso da União Europeia em relação à América do Sul, o que é algo absolutamente inaceitável", considerou o analista.

Na semana passada, a aeronave de Evo Morales foi impedida de sobrevoar o espaço aéreo de Espanha, Portugal, França e Itália, sob a suspeita de estar transportando o ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana Edward Snowden.

O segundo ponto novo nas negociações entre UE e Mercosul surgiu na terça-feira, com a declaração do comissário europeu do Comércio, Karel de Gucht, que afirmou que não cabe à UE decidir como o Mercosul irá apresentar a sua lista de produtos, no âmbito do acordo de comércio.

A declaração, na prática, indica que a União Europeia estará disposta a negociar as listas de ofertas com cada país, separadamente, ou mesmo iniciar uma negociação individual com o Brasil o que, no entanto, nunca foi visto como uma alternativa por parte do governo brasileiro.

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