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Ativista brasileira do Greenpeace detida na Rússia é acusada de pirataria
Criado em 02/10/13 18h38
e atualizado em 02/10/13 19h15
Por Agência Lusa [2]
Moscow - Dois dos 30 ativistas da organização não governamental Greenpeace [3]detidos na Rússia foram acusados hoje (2) de pirataria por um tribunal de Murmansk, cidade situada no norte do país. Os acusados são cidadãos do Brasil e da Grã-Bretanha.
"Consideramos as acusações absolutamente vazias, sem fundamento e ilegais. Os nossos ativistas não tiveram como objetivo apoderar-se da propriedade de alguém. Não houve crime", disse Mikhail Kreindlin, advogado da Greenpeace. Vinte e oito pessoas da tripulação do navio Arctic Susrise aguardam a acusação, que poderá ser semelhante à decisão tomada hoje.
No âmbito de uma campanha contra a exploração petrolífera no Ártico, iniciada pela Rússia e parceiros ocidentais, ativistas da Greenpeace tentaram, há uma semana, escalar uma plataforma da empresa de energia russa Gazprom no Mar de Barents. A empresa é maior exportadora de gás natural do mundo.
Os militantes foram impedidos por guardas costeiros russos, que dispararam tiros de advertência com armas automáticas, de acordo com a organização não governamental.
O navio da Greenpeace Artic Sunrise, com bandeira holandesa, foi abordado pela guarda costeira russa e rebocado até Murmansk, onde os 30 membros da tripulação internacional foram colocados em detenção, acusados de pirataria, um crime passível de uma pena de 15 anos de prisão.
Segundo a Greenpeace, os ativistas detidos são originários de 19 países: da Rússia, dos Estados Unidos, da Argentina, do Reino Unido,do Canadá, da Itália, Ucrânia, de Nova Zelândia, da Holanda, Dinamarca, Austrália, do Brasil, da República Checa, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e da França. Todos os ativistas rejeitaram as acusações de "pirataria", dizendo que a ação de protesto na plataforma da Gazprom foi pacífica.
Confira reportagem sobre o tema e entrevista com a mãe da ativista brasileira Rosângela Maciel no repórter Brasil:
O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que os ativistas "não são piratas", mas que tinham "infringido o direito internacional". A comissão de inquérito russa, principal órgão encarregado das investigações criminais, indicou que as acusações poderão ser reduzidas durante a investigação, mas as acusações de hoje vão em sentido contrário.
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