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Agências públicas de notícias rechaçam posição dos EUA sobre a Venezuela

Criado em 24/04/15 23h58 e atualizado em 25/04/15 11h27
Por Da Agência Brasil Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil [2]

As agências de notícias que integram a União Latino-Americana de Agências de Notícias (Ulan) rechaçaram hoje (24) na Declaração de Quito, onde ocorre a 4ª Assembleia Geral da entidade, a decisão dos Estados Unidos de decretar que a Venezuela representa uma “ameaça incomum e um problema extraordinário para os Estados Unidos”.

O decreto, baixado em março, veio depois de um mês que a Casa Branca suspendeu o visto de sete funcionários venezuelanos e o congelamento de seus bens em território norte-americano.

As agências latino-americanas também firmaram o compromisso de produzir uma informação que reconheça os valores da irmandade que une os povos de seus países, de defender a democracia, o respeito à soberania e rechaçaram qualquer ingerência em assuntos internos e domésticos de cada país ali representado.

Para a Ulan, o decreto dos Estados Unidos foi uma agressão. “A Venezuela não é uma ameaça. O povo venezuelano tem uma tradição de solidariedade que nós, os latino-americanos, nos lembramos sempre com muito afeto”, registraram as agências de noticias na Declaração de Quito.

Integram a Ulan a Agência Brasil; a Télam (Argentina), que ocupa a presidência da entidade atualmente; a Andes (Agência Pública de Notícias do Equador e América do Sul); a IP (Agência de Informação Paraguaia); a Notimex (Agência de Notícias do Estado Mexicano); a AVN (Agência Venezuelana de Notícias); a Prensa Latina, de Cuba; a ABI (Agência Boliviana de Informação); a Andina (Agência Oficial de Notícias do Estado Peruano); a AGN(Agência Guatemalteca de Notícias). A AGN não enviou representante à reunião de Quito.

A entidade ressaltou a responsabilidade das agências, como agências públicas, de informar a verdade, com isenção, para fazer frente a notícias tendenciosas sobre o momento político de cada país, tal como houve experiências recentes, segundo a carta, em países como a Argentina, a Bolivia, o Brasil e o Equador.

As agências se comprometeram ainda a cobrir com a profundidade que o tema exige a questão da violência que afeta os países latino-americanos. No que diz respeito a este tema, as agências lembraram os casos das mortes de jovens que ocorrem no confronto do tráfico com a polícia, nas favelas brasileiras, e o desaparecimento dos 43 estudantes mexicanos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, que fica no estado de Guerrero.

Com o lançamento oficial do portal que integra as notícias de todas as agências Ulan, o ansur.am [3], foi assinado um protocolo para difundir melhor os conteúdos de todas elas, não só em forma de reportagens, mas também fotos, infografias, áudios e vídeos.

Ficou marcada uma reunião extraordinária do Comitê Executivo da Ulan para outubro, em Caracas e também ficou decidido que a Prensa Latina sediará em Havana uma oficina de capacitação. As agências da Ulan acertaram de promover pelo menos duas oficinas de capacitação com a participação de dois jornalistas de cada agência, de forma a também promover uma integração maior entre os que trabalham diretamente com a notícia, para que conheçam a realidade dos outros países que integram a entidade.

Creative Commons - CC BY 3.0

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