Escola da ONU atingida por bombardeio israelense, em Gaza. (30/07/2014)

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ONU: Israel e grupos palestinos podem ter cometido crimes de guerra em 2014

Criado em 22/06/15 11h10 e atualizado em 22/06/15 11h20
Por Da Agência Lusa Fonte:Agência Brasil [2]

Israel e grupos armados palestinos podem ter cometido crimes de guerra durante o conflito na Faixa de Gaza, em 2014, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) em um relatório divulgado nesta segunda-feira (22), em Genebra.

A Comissão Independente de Inquérito da ONU sobre o conflito reuniu “informações substanciais que apontam para possíveis crimes de guerra cometidos por Israel e pelos grupos armados palestinos”, informa o relatório, solicitado pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

 Pelo menos 2.140 palestinos, dos quais 1.462 civis e um terço destes crianças, além de 73 israelenses, a maioria soldados, morreram no conflito de sete semanas entre julho e agosto de 2014.

“A extensão da devastação e o sofrimento humano em Gaza foi sem precedentes e terá impacto sobre as gerações futuras”, disse em comunicado a presidente da comissão e juíza de Nova York, Mary McGowan Davis.

O documento relata o poder de fogo utilizado em Gaza. No período, Israel promoveu mais de 6 mil ataques aéreos e disparou 50 mil projéteis de artilharia durante os 51 dias da operação. Os grupos armados palestinos dispararam sobre Israel, no mesmo período, 4.881 mísseis e 1.753 morteiros. Seis civis morreram e pelo menos 1,6 mil ficaram feridos.

A ONU denuncia “a impunidade que prevalece em todos os níveis” no que se refere à ação das forças israelenses e apela ao país para “inverter o seu lamentável histórico” e julgar os responsáveis. A organização lamenta também que as autoridades palestinas tenham “falhado sempre” na condução à Justiça dos que violam as leis internacionais.

A comissão expressa a “preocupação com a ampla utilização, por Israel, de armas letais num importante raio” em torno do impacto, criticando igualmente o disparo indiscriminado de milhares de foguetes por palestinos visando espalhar o terror entre os civis israelenses.

Israel opôs-se vivamente à decisão de realização dessa investigação e não permitiu à comissão de inquérito da ONU deslocar-se ao local. A comissão recolheu os testemunhos dos dois lados por teleconferência ou por telefone. O presidente da comissão demitiu-se por pressão de Israel, retardando a publicação do relatório de março para junho deste ano.

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