Marco Feliciano ( PSC-SP) é eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

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Anistia Internacional considera “inaceitável” escolha de Feliciano para presidir a CDH da Câmara

Criado em 25/03/13 20h47 e atualizado em 25/03/13 20h59
Por Luciano Nascimento Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil [2]

Marco Feliciano - 6
Marco Feliciano ( PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (Alexandra Martins / Câmara dos Deputados)

Brasília – A Anistia Internacional publicou hoje (25) nota em que manifesta preocupação com a permanência do Deputado Federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara dos Deputados. Pastor evangélico, ele é acusado de postar em redes sociais mensagens homofóbicas e racistas e, por isso, é alvo de protestos desde que foi indicado para o cargo.

A nota diz que as “posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e mulheres, expressas em várias ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o tornam uma escolha inaceitável” para presidir a comissão.

No texto, a Anistia Internacional considera a CDH uma instância fundamental para a efetivação das garantias de cidadania estabelecidas na Constituição e destaca ainda que é “essencial que seus integrantes sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e tenham trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações que continuam a fazer parte do cotidiano da sociedade brasileira.”

O documento da organização faz ainda um apelo para que os “os [as] parlamentares brasileiros[as] reconheçam o grave equívoco cometido com a indicação do deputado Feliciano e tomem imediatamente as medidas necessárias à sua substituição.”

Na última quarta-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN) fez um apelo [3] para que Feliciano desistisse da presidência depois que uma audiência pública da comissão foi cancelada em virtude dos protestos contra a permanência do deputado no posto. A expectativa é que a amanhã (26) seja definida a situação de Marco Feliciano na presidência da CDH [4].

Desde que foi eleito para presidir a CDH, Marco Feliciano tem sido alvo de protestos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel [5] também manifestaram descontentamento com a eleição de Marco Feliciano. No sábado (23), houve manifestações em Paris [6] e em São Paulo contra a permanência do parlamentar [7]na presidência da comissão. O mesmo ocorreu na última quinta-feira (21), durante as comemorações dos dez anos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial [8].

 

Edição: Aécio Amado

 

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