As autoridades estaduais e municipais alertam para as dificuldades em desativar lixões

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Saúde [1]

Má destinação de lixo traz gastos adicionais ao sistema de saúde, diz estudo

Criado em 21/10/15 11h53 e atualizado em 21/10/15 11h59
Por Revista Brasil Fonte:Rádios EBC [2]

Um estudo realizado pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos, por meio de uma parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana, analisou a produção de resíduos sólidos no Brasil, entre 2010 e 2014. Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou o diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza (Abrelpe), Carlos Silva Filho.

Ele explicou que o estudo internacional feito exclusivamente para a situação brasileira no Brasil trouxe os números e impactos que a destinação e a gestão inadequada de resíduos sólidos causam na saúde das pessoas e, consequentemente, os gastos adicionais ao sistema público de saúde.

Confira a íntegra da entrevista no player abaixo. 

Creative Commons - CC BY 3.0 - Má destinação de lixo traz gastos adicionais ao sistema de saúde, diz estudo

“É realmente assustador. Percebemos que no Brasil são cerca de 75 milhões de pessoas, ou 1/3 da população, que sofrem com os males da gestão inadequada de resíduos sólidos. Infecções intestinais e estomacais, problemas cardíacos, problemas de irritação das vias aéreas e problemas de pele que não têm uma causa direta explicável são as doenças decorrentes do não tratamento dos resíduos sólidos”, esclarece Carlos.

O diretor-presidente da Abrelpe ressaltou que o problema afeta um grande contingente de pessoas, não somente aquelas que trabalham nos serviços de coleta e tratamento de lixo. Para ele, essa é ima percepção equivocada que a população tem.

“A destinação inadequada de resíduos contamina o solo, as águas, a flora e a fauna, e traz impacto a um grande número de pessoas que consomem produtos contaminados, ou a água contaminada, gerando uma série de doenças ao ser humano e gerando custos para os tratamentos de saúde”.

Carlos Silva explicou, ainda, que a população que mora a um raio de 30 quilômetros das áreas degradadas pode diretamente apresentar os efeitos negativos. Para ele, fechar definitivamente os famosos lixões presentes em todas as regiões do Brasil é uma das soluções. É a pior fonte de contaminação da população.

“Se continuarmos com os lixões, se permitimos por mais tempo o uso de lixões no país, nós contribuiremos para um elevado índice de mortalidade da população,” conclui.

O estudo encontra-se disponível no site da Abrelpe. Para acessar, clique aqui [3].

O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília [4]. A apresentação é de Valter Lima.

Tags:  saúde [6], lixo [7], SUS [8]
Creative Commons - CC BY 3.0

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