Pesquisas mostram que pequenos agricultores agindo sozinhos tendem a não se beneficiar quando o preço do alimento sobe, mas agindo coletivamente em organizações de produtores e cooperativas estão mais aptos a aproveitarem as vantagens do mercado

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Saúde [1]

Especialistas defendem ações para alimentação saudável e combate à fome

Criado em 09/11/15 09h55 e atualizado em 09/11/15 10h04
Por Revista Brasil Fonte:Rádios EBC [2]

Na semana em que acontece a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o programa Revista Brasil realizou uma Mesa Redonda sobre o tema. Entre os participantes estiveram o Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arnoldo de Campos, o engenheiro agrônomo e representante da FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no Brasil, Alan Bojanic, e o pesquisador da área de pós-colheita da Embrapa Agroindústria e Alimentos, Murilo Freire.

Segundo o secretário Arnoldo Campos, chama a atenção a trajetória recente do Brasil no combate à fome, que já virou referência na questão de Segurança Alimentar. Contudo, mesmo tendo mais acesso aos alimentos, agora, o desafio é que os brasileiros se alimentem melhor.

Creative Commons - CC BY 3.0 - Especialistas defendem ações para alimentação saudável e combate à fome

“Nós temos que mudar o hábito alimentar, aumentar a oferta de alimentos saudáveis. Temos que trazer os produtos da agricultura familiar, garantir o acesso à população e reduzir o preço dos alimentos saudáveis para que a nossa população possa reduzir os indicadores. Hoje, a principal causa de morte no Brasil é doença crônica agravada pela má alimentação”, explica.

Para o representante da FAO, Alan Bojanic, apesar de ter superado o problema da fome, o Brasil não pode esquecer dos outros países, que ainda têm 15 anos para acabar com o problema.

“Temos o grande desafio da erradicação da fome para o ano de 2030.Vamos precisar muito da cooperação do Brasil, não só em termos das experiências, das boas práticas, mas, também, cooperação efetiva em termos de cooperação financeira”.

O pesquisador da Embrapa Murilo Freire ressalta que, além do combate à fome e o incentivo à alimentação mais saudável, ainda existem muitos pontos a serem melhorados, como o manuseio inadequado no campo, uso de embalagens impróprias, transporte ineficiente e etc. Além disso, para o especialista, a questão do desperdício e da falta de alimentação saudável pode ser resolvida com a conscientização dos consumidores.

“Essa parte de hábitos saudáveis pode ser solucionada com campanhas aos consumidores, como já vemos as de redução de sal, de gordura”.

Ainda de acordo com os especialistas Alan Bojanic e Murilo Freire, tanto a FAO quanto a Embrapa podem e devem trabalhar juntos no problema da fome pelo mundo, transmitindo e compartilhando os ensinamentos e tecnologias brasileiras.

A Mesa Redonda do Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar às sextas-feiras, na Rádio Nacional de Brasília.

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