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Nasa desmente fim do mundo

Criado em 30/11/12 12h34 e atualizado em 12/12/12 09h17
Por Portal EBC Fonte:Nasa [2]

Aquecimento Global
Cientistas da Nasa desmentem fim do mundo  ( Rennata Corrêa/Creative Commons)

Com a proximidade do dia 21 de dezembro, David Morrison,  diretor do Centro Carl Sagan da Nasa e responsável por responder as perguntas sobre a organização na web recebeu mais de 5 mil perguntas sobre Nibiru, um suposto planeta errante que se chocaria com a Terra e a possibilidade do mundo acabar em 2012.

Nesta quarta-feira (28), acompanhado de seis cientistas, Morrison realizou uma Hangout para esclarecer as dúvidas dos internautas [2]e afirmou que “se trata de uma fábrica de mentiras” e que a única preocupação real são os efeitos que essas invenções estariam gerando nas pessoas. “Em particular estou preocupado com os jovens que me escrevem e dizem estar terrivelmente assustados, sem poder comer ou dormir. Alguns tem pensado até em suicídio”, disse Morrison.

Ele citou o caso relatado por um professor de pais que haviam planejado matar seus filhos para escapar do apocalipse “O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está preocupando algumas pessoas e por isso é importante que a Nasa responda a essas perguntas”.

Calendário Maia

Uma das teorias que mais se popularizou é baseada no calendário maia. No dia 21 de dezembro de 2012 se acaba o último ciclo conhecido desse calendário, o que gerou a especulação sobre o fim do mundo. Os especialistas da Nasa explicaram que o calendário maia divide o tempo em ciclos que duram 144 mil dias. Atualmente estamos no número 13, que é o último de que se tem registro.

Morrison disse que nenhum especialista sobre o tema pode dizer que isso implica em alguma profecia apocalíptica e assegura que há escritos dessa civilização que se referem a cento e cinquenta anos a frente de hoje “o que demonstra que não pensavam no fim do mundo”, diz.  Ele comparou o calendário maia com os “calendários de cozinha”.”Da mesma forma que o tempo não para quando eles chegam ao fim, no dia 31 de dezembro, não há motivo para pensar que com o calendário maia seria diferente”.

Planeta Nibiru

Outro rumor tem origens em textos escritos nos anos 70 por Zecharia Sitchi. Segundo essas teorias, documentos da civilização Suméria, que povoou a Mesopotâmia preveriam que um planeta chamado Nibiru se chocaria com a Terra. "A data para esse suposto choque estava inicialmente prevista para maio de 2003, mas como nada aconteceu, o dia foi mudado para dezembro de 2012, para coincidir com o fim de um ciclo no antigo calendário maia", diz o site da Nasa.
Nibiru, o nome de um deus  menor encontrado em antigos escritos mesopotâmicos não existe como planeta, diz a Nasa. “E se fosse real e se dirigisse a um encontro com a Terra em 2012, seria visível a olho nu agora. Não tem sentido. Se estivesse aí, o veríamos”, disse Morrison.

Segundo a Nasa também não haverá choque com um asteróide ou meteorio. “Há 10 anos existe o Spaceguard Survey, um sistema de alerta criado para seguir o que poderia impactar com a Terra, e não há nada que possa fazê-lo este ano, afirma.

Tormentas solares

Outra especulação sobre o fim do mundo está relacionada com o aumento das chamas solares. De acordo com a Nasa, a atividade solar tem um ciclo regular, com picos de aproximadamente 11 anos. Nesse momento, as labaredas solares podem causar a interrupção das comunicações via satélite, ainda que sejam criados a cada dia produtos protegidos contra a maioria das tormentas solares. Lika Guhathakurta, heliofísica da Nasa, explicou que não há nenhum risco particular associado com 2012. “As tormentas solares ocorrem o tempo todo e o ciclo de maior atividade é esperado para 2013. Em todo caso, as explosões solares “podem danificar os satélites em órbita, mas não causará danos na superfície”, explicou.

Alinhamento planetário

Segundo diversas teorias, em dezembro ocorreriam alinhamentos entre a Terra e planetas como Mercúrio, Venus e Saturno, o que faria com que a terra fosse engolida pelo buraco negro central da Via Láctea . “ O buraco negro da nossa galaxia está a uma tremenda distância e não está emitindo radiação. Está tão longe que não tem nenhum efeito sobre a Terra”, explicou Paul Hertz, astrofísico da Nasa.

Andrew Fraknoi, astrônomo e professor do Foothill College, dos EUA, explicou que os alinhamentos planetários não tem nenhum efeito sobre a Terra. De fato, haverá um no final de setembro, que ocorre anualmente. “Os planetas se alinham todo o tempo. O único alinhamento que poderia afetar a Terra é da Lua com o Sul, pelo aumento das marés, porém seu efeito é mínimo”, disse.

Mudança de polos

A mudança entre os pólos Norte e Sul é considerada como algo “absolutamente ridículo” pelo astrônomo Andrew Fraknoi. “Não há nada estranho esse ano sobre qualquer um dos polos magnéticos ou de rotação da Terra”, completa Morrison. Segundo ele, a polaridade magnética muda a cada milhão de anos aproximadamente, “mas isso não está acontecendo agora e é possível que demore milhares de anos para ocorrer”, disse. Ele afirma que uma mudança repentina como essa nunca ocorreu e não é possível. “Se houvesse alguma mudança na rotação da Terra, seria por falha dos nossos sistemas GPS”, disse.

Três dias de escuridão

Kaoru Nakamaru, conhecida jornalista japonesa, disse este ano que teve uma revelação em 1976 segundo a qual no final de dezembro o planeta passaria por três dias de escuridão total, após a qual começaria uma nova era para aqueles que sobrevivessem. Isso aconteceria porque a Terra passaria por uma zona do universo que faria cair a rede elétrica global e as comunicações. Outras pessoas assimilaram a predição de Kakamaru com a teoria da Nova Era dos anos 60, que se baseia no livro “O último dia” do engenheiro alemão Paul Otto Hesse. A isso se soma um suposto estudo de 1961 sobre a existência de um cinturão de fótons. A Nasa disse que não existem cinturões de fótons já que isso é fisicamente impossível, “dado que os fótons são parte das partículas elementares e sempre viajam em linha reta”.  Segundo a Nasa apenas um buraco negro maciço de grande poder poderia dobrar sua trajetória e gerar uma esfera de fótons. “Mas não existe no nosso sistema”,


 

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