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Invasão de dados pode vir de qualquer lugar, aponta Serpro
Criado em 23/07/13 15h23
e atualizado em 23/07/13 18h19
Por Leyberson Pedrosa
Fonte:Portal EBC
Em tempos de denúncias de espionagem eletrônica no mundo e no Brasil [2], aumenta a preocução com o trafego de informações de brasileiros na web. Entre os dados que mais circulam na rede em determinado período, está a Declaração do Imposto de Renda [3]. O recebimento desses dados é gerenciado pelo Serviço de Processamento pelo Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro. [4] A empresa, vinculada ao Ministério da Fazenda, é responsável por modernizar e dar agilidade a setores da administração pública do país a partir de soluções tecnológicas.
Para se prevenir de roubo de dados, o Serpro possui um Grupo de Resposta a Ataques (GRA). Em entrevista por e-mail, o GRA comenta sobre a política de defesa cibernética do Brasil, se já recebeu tentativas de invasões e como atua na proteção dos dados hospedados em seus servidores. Confira:
Portal EBC: o Brasil possui algum protocolo específico para lidar com a questão da defesa cibernetíca? Como é no Serpro?
GRA: Em nível de Brasil, essa questão é tratada com o Núcleo do Centro de Defesa Cibernética (CDCyber [5]) do Exército, ou Gabinete de Segurança Institucional [6] (GSI) da Presidência da República. Dentro do Serpro, existe um Grupo de Tratamento de Incidentes que segue as melhores práticas internacionais para lidar com os mais variados tipos de incidentes.
Portal EBC: a empresa possui alguma parceria específica para ações em casos de invasões de dados que possam afetar a soberania nacional?
GRA: Nós temos contato direto com vários centros de tratamento de incidentes no governo, operadoras de telecomunicações e com governos de outros países para auxílio e troca de informações.
Portal EBC: Já houve alguma tentativa de invasão que o Serpro identificou ser originário de outro país?
GRA: Sim, de diversos países. Mas isso infelizmente não indica a origem real do ataque. Uma pessoa no Brasil pode invadir um servidor em outro país e de lá atacar o Brasil para dificultar uma possível investigação.
Portal EBC: o Serpro conhece ou já desenvolveu alguma ferramenta/estratégia para se prevenir a possíveis ataques em massa a dados públicos?
GRA: o Serpro tem uma estratégia de defesa dos seus servidores e redes que trata da segurança em camadas, utilizando um complexo protocolo de segurança para minimizar efeitos de ataques e proteger o Serpro em diversos níveis (rede, servidores, aplicações, desenvolvimento etc).
No último sábado, em entrevista à Agência Brasil [7], o diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, afirmou que a utilização de softwares livres [8] pode ser uma opção para evitar problemas de espionagem como os que foram denunciados recentemente. A empresa vai debater essas e outras questões no próximo mês, entre 13 a 15 de agosto, durante a sexta edição do Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi), em Brasília. O tema deste ano é Portabilidade, Colaboração e Integração. “São temas muito atuais: estamos trabalhando com a lógica de que o mundo da tecnologia vai ter que suportar mobilidade, rede social, grandes quantidades de informações”, disse Mazoni. Saiba mais aqui [9].
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