"Sambas na Voz de Quem Faz" contará as histórias do ritmo que é marca registrada do país
Sexta-feira, dia 2 de dezembro, às 21h30, a TV Brasil exibe o documentário especial "Sambas na Voz de Quem Faz" em comemoração ao Dia Nacional do Samba. De perseguido nos morros a homenageado em todo o país, o ritmo de tradição brasileira tem muitas histórias pra contar.
O documentário de 26 minutos fala sobre a origem do samba, os sambistas antigos, os compositores negros e as mulheres que marcaram época, além de mostrar com quantos sambas se constrói um país. "A gente sabe de uma época em que sambistas eram presos pela polícia. Eram considerados malandros", rememora a sambista Leci Brandão.
Do regional ao urbano, do Norte ao Sul do Brasil, o ritmo vai do improviso do samba de terreiro aos versos do samba de raiz, do samba-de-roda do Recôncavo Baiano ao samba de bumbo do interior paulista, do samba-enredo das escolas de samba ao pagode carioca.
Mas mesmo sendo um ritmo tão disseminado, para Oswaldinho da Cuíca, "a mídia brasileira, inclusive a televisão, não dá espaço para o samba. Você não ouve tocar samba em rádio. Na FM, então... Quando tem é um sambinha com violão ou bossa nova. Acabou. Não toca mais nada", lamenta o músico durante entrevista.
Além de Leci Brandão e Osvaldinho da Cuíca, o especial da TV Brasil conta ainda com as vozes dos jovens cantores e compositores Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira do grupo “Os Prettos” e da musicista Bruna Prado.
O documentário "Sambas na Voz de Quem Faz" inclui imagens de arquivo de uma gravação de Geraldo Filme para o programa Ensaio, da TV Cultura, e cenas da comédia musical "Depois eu Conto" (1956).
Além das entrevistas, o filme traz um repertório com clássicos do gênero como "Diz que fui por aí", de Zé Keti; "Não deixe o samba morrer", de Edson Conceição e Aloísio Silva; e "Aquarela Brasileira", de Silas de Oliveira.
Oswaldinho da Cuíca é um dos convidados
Origem da data
Há quem defenda que a escolha do dia 2 de dezembro para comemorar o Dia Nacional do Samba se deu em razão da primeira visita que o compositor mineiro Ary Barroso fez a Salvador e foi homenageado pelo vereador Luis Monteiro da Costa com a criação da data. Isso porque Ary Barroso escreveu "Na Baixa do Sapateiro", em 1938, para reverenciar a capital baiana.
Outra versão diz que nesta data, em 1916, os compositores Ernesto Joaquim Maria dos Santos, conhecido como Donga, e Mauro de Almeida registraram a música "Pelo Telefone", na Biblioteca Nacional. Depois, gravaram o primeiro disco de samba da história.
Ficha Técnica
Direção e roteiro: Renato Fanti
Produção: Priscila Cestari, Patrícia Lima e Vitor Chambon
Edição e Finalização: Mariana Velozo
Duração: 26 min.
Classificação indicativa: Livre
Serviço
"Samba na voz de quem faz"
Estreia dia 2 de dezembro (sexta-feira), às 21h30, na TV Brasil