"Jeca Tatu" é o destaque do Festival Mazzaropi neste sábado (13) na TV Brasil

Publicado em 12/05/2017 - 08:41

Longa é inspirado no personagem homônimo de Monteiro Lobato

A sessão Festival Mazzaropi da TV Brasil apresenta neste sábado (13), às 16h, a comédia "Jeca Tatu" (1959), clássico da filmografia de Amácio Mazzaropi. O roteiro do filme é baseado no personagem homônimo de Monteiro Lobato.

Na história dirigida por Milton Amaral, o ator interpreta Jeca, um roceiro bem preguiçoso.
O marasmo de Jeca está com os dias contatos, pois seu ranchinho está ameaçado pela ganância de latifundiários sem coração. Agora ele vai usar todo seu jeito matreiro para conseguir seu cantinho de terra.

O longa "Jeca Tatu" combina cenas engraçadas e momentos de uma beleza singular para abordar a figura do homem do campo e a questão da reforma agrária. A comédia é uma declarada homenagem de Mazzaropi ao escritor Monteiro Lobato, natural de Taubaté, no interior de São Paulo, cidade adotada pelo ator e diretor de cinema.

Influenciada pela estética dos filmes de cowboys, os populares westerns americanos, a produção tem tomadas no ambiente bucólico rural onde se passa a maior parte da trama e algumas cenas no espaço urbano, caótico e dito desenvolvido, onde Jeca fica maravilhado.

Trama

Jeca é um caipira preguiçoso e simplório que vive num sítio na zona rural do interior de São Paulo com sua mulher, filha adolescente e dois meninos pequenos. Em dívida no armazém da cidade, ele aceita dar pedaços de sua terra para pagar as dívidas.

O protagonista não sabe que o dono da venda repassa as terras para o latifundiário italiano Giovani (Nicolau Guzzardi) que deseja expulsar Jeca dali e impedir o namoro do filho dele, Marcos (Francisco di Franco), com Marina (Marlene França), filha do matuto.

Entre o desentendimento entre Jeca e Giovani está o vilão Vaca-Brava (Roberto Duval) que, ao saber da paixão da filha do Jeca pelo filho do latifundiário, começa a armar para que a disputa deles prejudique o romance.

O capataz Vaca Brava também quer se casar com Marina. Ao ser expulso por Jeca, ele inicia seu plano para acirrar a rixa da família do caipira com a do italiano. Primeiro, Vaca Brava rouba ovos e uma galinha do italiano e coloca tudo na casa de Jeca. Por mais que Jeca e sua família neguem, ele vai preso.

Depois de 8 dias na cadeia, o protagonista é liberado quando Marcos paga a fiança. O delegado aconselha o Jeca a não fazer nada errado para não voltar para a prisão, mas o matuto em sua simplicidade ameaça de morte o italiano.

Na segunda tentativa, Vaca Brava rouba um chapéu de Jeca e desacorda Marcos. E deixa o chapéu lá. Quando o italiano viu o chapéu não tinha dúvidas de que Jeca bateu no seu filho. E então pega um lampião e incendia a casa simples de sapé do caipira.

Jeca, muito preguiçoso quase que fica preso (quando a mulher avisa do incêndio ele preguiçosamente pergunta "É fogo grande ou pequeno?"). Com isso, o casebre é totalmente consumido pelas chamas em uma cena hilária e triste ao mesmo tempo. A família escapa sem se machucar.

O italiano assume a responsabilidade devido ao acontecido com Marcos. Jeca faz um discurso dizendo que é um ato desumano queimar um teto que uma família demora a vida toda para construir. No dia seguinte Jeca com sua família pega a estrada em seu carro de boi. A população da cidade o para no caminho e ele diz que vai embora para Brasília, ajudar na construção da nova capital brasileira. As pessoas pede para que ele fique e afirmam que vão ajudá-lo.

Com o auxílio dos amigos, Jeca vai para São Paulo procurar o Doutor Felisberto, rico candidato a deputado, com uma lista de 2.000 votos para ele, caso lhe conceda ajuda. Totalmente bestificado com a cidade grande, o caipira chega à casa do deputado que realizava uma festa na piscina com muitos convidados.

O jeito de matuto do humilde Jeca chama a atenção de várias mulheres de maiô que o cercam e ele foge delas subindo em uma árvore. Depois tentam jogá-lo na piscina mas o deputado aparece e interrompe a farra e aceita dar-lhe ajuda em troca dos votos.

Vaca Brava provoca novo incêndio, desta vez no paiol do italiano, mas Marcos o vê e o confronta no bar. Com a ajuda de Jeca, Vaca Brava é detido e confessa todos os crimes, acabando preso. O candidato usa Jeca como homem-chefe de sua campanha e consegue se eleger. Ele constrói um casarão imenso e Jeca vira coronel da cidade.

Ficha técnica
Ano: 1959. Gênero: comédia. Duração: 95 min. Inédito. Direção: Milton Amaral, com Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Roberto Duval, Nicolau Guzzardi, Nena Viana, Marlene França, Francisco di Franco, Miriam Rony. Classificação Livre.

Serviço:
Festival Mazzaropi – “Jeca Tatu” – sábado (13) às 16h, na TV Brasil.

Compartilhar: