Conhecendo Museus visita o Museu Casa de Guimarães Rosa em Minas Gerais

Publicado em 02/06/2017 - 14:44 e atualizado em 02/06/2017 - 14:47

"…A gente morre é para provar que viveu." Este discurso é do memorável escritor, médico e diplomata Guimarães Rosa. Ele disse essas palavras ao assumir, em 1967, a Academia Brasileira de Letras. Morreu três dias depois. Muitos dizem que parecia um presságio. Outros creem ser apenas coincidência. O fato é que o escritor de “Grande Sertão: Veredas” deixou para a literatura nacional um legado de emoções.

Em Cordisburgo (MG) o Museu Casa Guimarães Rosa abriga um vasto acervo da vida e obra do escritor. Ele morou no local desde seu nascimento, em 1908, até os nove anos de idade.

A montagem do museu, em março de 1974, foi motivada por dois fatos: o inesperado falecimento do escritor, sete anos antes, e a a criação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, em 1971, que materializava o sonho preservacionista que vigorava na época.

Entre as peças do acervo estão as ilustres gravatas-borboleta do escritor, aproximadamente 700 documentos textuais, toda a obra literária, originais manuscritos ou datilografados, a exemplo de “Tutaméia” (última obra publicada), matrizes de xilogravuras usadas em volumes como “Corpo de Baile” (1956), espada, bainha e diploma da Academia Brasileira de Letras, máquina de escrever, rascunhos de trabalhos e outros objetos pessoais.

Em um cômodo frontal da casa, foi reconstituída uma venda típica das existentes nas pequenas cidades mineiras, para representar o antigo comércio de Floduardo Pinto Rosa, pai do escritor. Na “venda de seu Fulô”, o menino “Joãozito” cresceu ouvindo histórias contadas pelos frequentadores do lugar.

Serviço:
Conhecendo Museus – Museu Casa de Guimarães Rosa
Domingo, 4 de junho, às 11h30, na TV Brasil.

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