O direito de ir e vir ameaçado no maior espaço público: as ruas. Este é o tema do Caminhos da
Reportagem, que vai ao ar nesta quinta-feira, dia 19, às 22h, na TV Brasil. O programa aborda o crescimento da violência em metrópoles brasileiras, como Rio e São Paulo, mostrando que o cidadão acaba vivendo em uma prisão invisível.
Uma vez por mês o secretário de segurança pública de São Paulo, independente do titular, reúne a imprensa para informar os números da violência no estado, capital e interior e região metropolitana. Nas últimas entrevistas coletivas, o atual secretário Mágino Alves Barbosa Filho fez questão de salientar que a taxa de homicídios do estado paulista é a menor do país, 27 em cada 100 mil habitantes. “Só que o roubo continua alto”, diz Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.
O Caminhos da Reportagem foi às ruas para mostrar como paulistas e cariocas convivem com a violência de perder a vida durante o roubo de um celular, de ser assaltado no ponto de ônibus, de ter a moto ou o carro roubado. Foi o caso, por exemplo, da repórter Larissa Calderari, que teve seu celular roubado em uma transmissão ao vivo.
Para a cicloativista Renata Falzoni são grandes a chances de você ter roubada sua bicicleta em São Paulo. “Provavelmente, você perderá sua bicicleta se estacioná-la amarrada em qualquer paraciclo do centro de São Paulo”, diz Renata. O programa também entrevista Octávio Guedes, diretor de redação do jornal carioca Extra, que lançou uma “editoria de guerra” para cobrir a crise de segurança no Rio de Janeiro.
De um lado, as autoridades defendem que a polícia está fazendo o dever de casa. De outro, a população vai se armando de estratégias para poder ir e vir em determinados locais e horários. Nas duas capitais, o brasileiro demonstra que vive numa prisão invisível.
Serviço
Caminhos da Reportagem - quinta (dia 19), às 22h, na TV Brasil