"Bravos!" de quinta-feira (14) conta a trajetória da atleta Verônica Hipólito

Publicado em 14/12/2017 - 08:55 e atualizado em 14/12/2017 - 08:57

Afeita a atividades físicas desde muito cedo, Verônica Hipólito foi incentivada a praticar esportes pelos pais, que os viam como ferramenta de educação e integração social. Na infância, passou por diversas modalidades, como natação, ginástica, tênis, tênis de mesa. Mas acabou se encontrando no judô e passou a treinar com assiduidade.

Aos 12 anos, Verônica recebeu o diagnóstico de tumor na glândula hipófise. A menina, que passaria por uma cirurgia, chegou a crer que era o fim de sua carreira como atleta, pois já tinha experimentado inúmeros esportes e só via o judô como vocação. Mas, por ordens médicas, estaria dali em diante impedida de sofrer concussões acima do quadril. A única modalidade que nunca havia tentado era o atletismo.
"Antes, eu assistia atletismo e não achava graça naquilo. Mas quando corri pela primeira vez, era um paradoxo tão incrível, que tudo era absurdamente rápido e absurdamente devagar ao mesmo tempo. Parecia que o mundo tinha parado para você correr", relembra.

Verônica superou o pós-operatório. Hoje, está entre as três primeiras do ranking mundial nessas modalidades desde 2013, quando foi campeã mundial dos 200 metros rasos, vice-campeã mundial dos 100 metros rasos. Nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, foi medalhista de prata e bronze. Mas sua história é marcada por duras provações fora dos holofotes. 

Em 2011, aos 15 anos, Verônica sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), algo raro em adolescentes. O AVC paralisou todo o lado direito de seu corpo e lhe deixou uma paralisia parcial em um dos braços e uma das pernas. Com o apoio da atleta e amiga Nathália Chacon, decidiu voltar a correr. "Foi uma coisa bem der repente. Quando a gente viu, ela já estava indo para o Mundial, Paralimpíadas, foi muito rápido!", relembra Nathália. 

Em 2015, mais um obstáculo no caminho de Verônica: foram detectados tumores no intestino. Ela teria que passar por mais uma cirurgia, desta vez para a retirada do intestino grosso.

"Quando me falaram que o tumor tinha reaparecido, eu não me preocupei, sabe? Eu estava focada no Mundial. E aquele tumor para mim foi como…. um resfriado", sorri Verônica ao se lembrar.

De acordo com o cirurgião Daniel Kruglensky, que fez a operação, a atitude mental positiva dos pacientes tem papel fundamental no tratamento. Nesse quesito, a atleta também se superou. "Eu opero um monte de atletas, e todos querem sempre se superar. Mas igual à Verônica nunca vi. Imbatível." 

O programa traz depoimentos da família de Verônica – Josenilda da Silva Hipólito (mãe), Dimas Hipólito (pai), Allan Guimarães (namorado) –, dos treinadores Valdemar Nakaue, Amaury Veríssimo, Everaldo Braz Lúcio, além de amigos e profissionais da saúde e do esporte.


Serviço:
"Bravos!" com a atleta Verônica Hipólito.
Quinta-feira, 14 de novembro, na TV Brasil.

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