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Campus Party: evento de tecnologia e web completa seis edições sem Wi-Fi
Criado em 28/01/13 19h12
e atualizado em 28/01/13 20h14
Por Davi de Castro (@davidecastro)
Fonte:EBC
Sem conexão wireless oficial, campuseiros criam seus próprios pontos de acesso
Muitos campuseiros de primeira viagem foram surpreendidos com a falta de conexão Wi-Fi em um dos maiores eventos de tecnologia do país, a Campus Party. A velocidade de conexão de até 30 GB oferecida pelo evento está disponível apenas por cabos de rede, o que limita o acesso a dispositivos móveis, como smartphones e tablets.
Para o analista de sistemas Adilson Diogo, que participa pela primeira vez da feira de tecnologia, a rede sem fio faz falta, principalmente para quem, como ele, ficará acampado. "É um ponto negativo. Eu esperava que fosse ter Wi-Fi aqui e também no camping. Quando chegar na barraca, vou ter que usar a conexão 3G da minha operadora", disse.
Já a suporte de Tecnologia da Informação (TI) Fernanda Tomás e a jornalista Marília Albert amenizam a falta da rede sem fio, apesar de terem vindo na expectativa de navegar pelo celular com a conexão do evento. "Eu tenho 3G, então pra mim não vai fazer tanta diferença. Mas para as pessoas que não têm esse acesso complica mais um pouco", argumenta Fernanda.
Os veteranos na Campus Party já estão acostumados com a questão. Nas cinco outras edições brasileiras também não havia o serviço de Wi-Fi oficial. A solução encontrada por muitos tem sido criar sua própria conexão wireless a partir da rede cabeada. Para isso, configuram um aparelho roteador, que irradia o sinal do cabo para outros aparelhos. Em uma rápida pesquisa de redes disponíveis, é possível encontrar mais de 10 pontos de acesso Wi-Fi, algumas inclusive sem senha de acesso.
Em entrevista à EBC, Ari Salarini, diretor de implantação e engenharia de redes da Telefônica, empresa responsável pelo fornecimento de internet na Campus Party, afirmou que não é disponibilizada a rede sem fio devido a uma limitação tecnológica. Ele explicou que só haverá a Wi-Fi oficial quando houver uma tecnologia mais robusta que suporte um maior número de canais de comunicação de dados a fim de não comprometer a conexão. “Teria de haver mais controle da rede também, os campuseiros teriam que ter mais disciplina para evitar a criação de pontos de wi-fi, porque a interferência de redes atrapalharia”, explica.
Leandro Chemalle, coordenador do Partido Pirata, organização ligada a ativistas de tecnologia, acrescenta que uma rede sem fio do evento não seria capaz de suportar a mesma velocidade de conexão oferecida pelo cabeamento nem o alto tráfego de pessoas. Assim, segundo ele, a solução para não restringir o acesso aos aparelhos mobiles seria a distribuição de um adaptador que funciona como uma placa de rede e que se conecta aos dispositivos. Veja a explicação no vídeo abaixo:
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