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Tim Berners-Lee: “Vamos fazer da internet um lugar livre”
Criado em 16/05/13 19h16
e atualizado em 17/05/13 08h00
Por Ana Elisa Santana - Portal EBC*
Rio de Janeiro - O Brasil está à frente dos demais países no que diz respeito à regulação da internet, segundo a avaliação de tim Berners-Lee, criador dos protocolos que deram origem ao World Wide Web (www), considerado o “pai da internet”. “O Brasil está partindo na direção certa, porque parte da perspectiva de direitos humanos da questão”, afirma Berners-Lee.
O Projeto de Lei 2126/2011, que cria o Marco Civil da Internet no Brasil, está pronto para votação no plenário da Câmara dos Deputados, mas segundo seu relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), enfrenta resistência de alguns grupos, em especial de provedores de internet. A proposta é tida como uma carta de direitos do usuário da web no Brasil, e determina regras gerais para o funcionamento da rede. “Este é apenas o primeiro passo; o Marco é uma lei maior, de onde virão outras sobre áreas específicas, como o comércio eletrônico”, explica Molon.
Assista entrevista em vídeo com o deputado Alessandro Molon sobre o Marco Civil da Internet
O Marco Civil da Internet e a neutralidade da rede foram debatidos na tarde desta quinta (16/5), na conferência www2013, que é realizada deste a última segunda-feira no Rio de Janeiro. Para Tim Berners-Lee, a independência na internet é tão importante quando a independência da imprensa. “Vamos fazer da internet um lugar livre”, afirmou durante o painel.
Segundo Berners-Lee, não há como comparar o avanço dos países a respeito da regulação da internet, porque os sistemas legais de cada um evoluiu de forma distinta. “Não depende só de qual será o marco regulatorio, mas de um entendimento entre os provedores de internet. Há casos em que os próprios provedores declararam juntos que vão trabalhar de forma neutra. Em outros sentiram a necessidade de uma regulação porque um provedor desrespeitou a neutralidade”, argumenta o britânico.
Devido à falta de apoio para a votação do PL 2126, ainda não há previsão para que a matéria vá ao plenário da Câmara. “A esperança é que a pressão social leve o Congresso a fazer essa votação”, afirma o deputado Molon.
*Colaborou Davi de Castro
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