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Adriana Gascoigne, da organização Girls in Tech

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Campus discute a presença de mulheres na tecnologia

Criado em 31/01/14 19h11 e atualizado em 01/02/14 13h56
Por Luanda Lima Fonte:Portal EBC

Adriana Gascoigne, da organização Girls in Tech
Adriana Gascoigne, da organização Girls in Tech, participa de palestra na Campus Party (Luanda Lima/Portal EBC)

Um relatório da Organização Internacional do Trabalho - OIT divulgado em dezembro aponta que os países da América Latina e do Caribe registraram em 2013, pela primeira vez, uma média de 50% de participação feminina no mercado de trabalho.  Se a inclusão das mulheres por si só ainda é um obstáculo, sua participação nas carreiras ligadas à tecnologia – encaradas como masculinas – é um desafio.

Foi sobre esse tema que a norte-americana Adriana Gascoigne falou nesta sexta-feira (31) na Campus Party. Segundo Raúl Sánchez, Diretor de Assuntos Corporativos e de Governo da Campus Party, a sétima edição do evento conta com 33% de participantes do sexo feminino.

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Adriana é a fundadora da Girls in Tech, organização sem fins lucrativos criada em 2007 para oferecer suporte a mulheres empreendedoras e inovadoras em áreas ligadas à tecnologia. “A presença de mulheres em um grupo aumenta a inteligência coletiva da equipe”, afirma a consultora. 

Os principais problemas que limitam a participação feminina nas carreiras tecnológicas, segundo Adriana, vão dos cursos de formação às empresas, que não retêm de forma adequada as mulheres em seu corpo de funcionários. Tais limitações se dariam ainda de outras formas, como a formação de ambientes profissionais pouco acolhedores às mulheres - como quando há escritórios apenas com referências ao universo masculino - e a estereotipação dos papéis femininos no trabalho.

A norte-americana recomenda algumas acções a ser tomadas pelas empresas para estimular a participação das mulheres nessas carreiras. Como exemplos, estão estimular a diversidade nas seleções de emprego, retirar das descrições de vagas todas as expressões que tragam estereótipos de gênero e um olhar atencioso dos gestores sobre o espaço físico de suas empresas para que se obtenha um ambiente neutro em relação a gênero.

Adriana elege também dez formas de gestores do sexo masculino se tornarem “defensores” da presença feminina no mercado de trabalho. Saiba quais são:

1) Ouça as histórias das mulheres
Isso pode trazer à tona pressões e particularidades nunca notadas.

2) Fale com outros homens
A troca de experiências aumenta a atenção sobre a importância da diversidade de gênero e permite que se corrija tratamentos discriminatórios.

3) Recrute mulheres
Convide candidatas para estágios e oriente sua equipe de seleção a dar atenção especial a grupos com baixa representação.

4) Aumente a visibilidade de líderes do sexo feminino
Ter modelos de liderança é importante para o recrutamento, a retenção e a produtividade de outras funcionárias. Ofereça promoções e oportunidades de qualificação.

5) Oriente e patrocine mulheres
Essa mentoria deve ser adaptada às necessidades de cada colaboradora, mas algumas sugestões são orientar as funcionárias sobre o ambiente da empresa e dar mais visibilidade a suas conquistas.

6) Identifique e corrija preconceitos
Muitas dessas inclinações são subconscientes, portanto é preciso sensibilidade e atenção. Reestruture canais de comunicação, mude as mesas ou os escritórios de lugar, observe quem fala e quem interrompe nas reuniões, altere políticas internas e ajuste discrepâncias de salários.

7) Estabeleça métricas de prestação de contas
Crie métricas para diversificar e avaliar programas de estágio, novas entrevistas de emprego, contratações e promoções.

8) Crie estratégias vida-trabalho alternativas
Equilibre o tempo disponível dos funcionários para suas famílias e atividades pessoais, usando, por exemplo, jornadas de trabalho flexíveis.

9) Torne a discussão de gênero menos “arriscada”
Muitas vezes, é mais fácil que homens abordem questões sobre diversidade porque isso afasta um possível entendimento de que eles possam estar em defesa de uma causa própria. Traga tópicos sobre o assunto às reuniões, inclua informações em newsletters e fale com mulheres em posição de liderança sobre a melhor forma de conversar com grupos maiores.

10) Trabalhe com grupos de mulheres
Participe de reuniões e conferências femininas em que haja a discussão de questões técnicas e diversidade.

Creative Commons - CC BY 3.0

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