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observatório de radioastronomia Projeto Llamas

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Brasil e Argentina iniciam construção de observatório de radioastronomia

Criado em 22/07/14 15h16 e atualizado em 08/04/15 16h55
Por Elton Alisson Fonte:Agência FAPESP

observatório de radioastronomia Projeto Llamas
observatório de radioastronomia Projeto Llamas (Projeto Llama / Divulgação)

Agência FAPESP – Na Astronomia, diferentemente do futebol, não há sinal de rivalidade entre o Brasil e a Argentina. Os dois países estão reunindo esforços para instalar nos próximos anos um radiotelescópio com antena paraboloide de 12 metros de diâmetro nos Andes argentinos, próximo da fronteira com o Chile e a 4.825 metros de altitude.

Previsto para começar a entrar em operação em 2017, o equipamento de observação astronômica faz parte do projeto Llama – sigla em inglês de Long Latin American Millimetric Array e um trocadilho com o nome na língua indígena quíchua do mamífero ruminante encontrado na América do Sul.

O projeto tem apoio da FAPESP, do Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva da Argentina e da Universidade de São Paulo (USP), por meio de um convênio entre as instituições que estabelece as condições para a sua execução.

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O projeto é coordenado pelo professor Jacques Raymond Daniel Lépine, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP e conta com a participação de pesquisadores do Instituto Argentino de Radioastronomía (IAR).

“A FAPESP destinará aproximadamente [o equivalente em reais a] US$ 9,2 milhões para a construção do radiotelescópio e, em contrapartida, o ministério argentino aportará volume semelhante de recursos para a construção do observatório e para a realização de obras de infraestrutura, como adequação do terreno onde o radiotelescópio será instalado”, disse Lépine à Agência FAPESP.

O radiotelescópio será instalado em uma montanha nos Altos de Chorrilos, na província argentina de Salta (a 1.600 quilômetros a noroeste de Buenos Aires). Irá operar em comprimentos de ondas milimétricas e submilimétricas, entre a radiação infravermelha e as ondas de rádio do espectro eletromagnético, em frequências entre 100 e 900 Ghz (gigahertz).

O equipamento permitirá a realização de estudos em praticamente todas as áreas da Astronomia, incluindo a evolução do Universo, buracos negros, a formação de galáxias e estrelas e o meio interestelar.

“Há muitos objetos e regiões astronômicas que podem ser observados nas frequências entre 100 e 1 mil Ghz que não são possíveis de serem vistos nas faixas abaixo de 100 Ghz. No entanto, há diversos radiotelescópios no mundo operando com frequências de rádio abaixo de 100 Ghz, mas poucos nas faixas entre 100 e 1 mil Ghz”, disse Lépine.

Entre esses objetos e regiões astronômicas que poderão ser observados pelo Llama estão nuvens frias de gás e poeira onde se formam novas estrelas e galáxias, como a Via Láctea.

Com temperaturas de apenas alguns graus acima do zero absoluto, essas nuvens frias no meio interestelar formam “cortinas blackout” que tornam escuras e opacas as regiões do Universo onde são formadas as estrelas e galáxias à radiação no espectro visível, captada pelos telescópios ópticos.

Por meio da radiação milimétrica e submilimétrica captada pelo radiotelescópio do Llama será possível atravessar essas nuvens frias de gás e poeira, enxergar o que está por trás delas e observar objetos de brilho cada vez mais baixo, além de explorar detalhes das fontes de radiação, contou Lépine.

“As ondas de rádio nas frequências de radiação milimétrica e submilimétrica são absorvidas pelo vapor d’água da atmosfera. Por isso, os radiotelescópios precisam ser instalados em locais com alta altitude e baixa umidade”, explicou.

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Creative Commons - CC BY 3.0

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