one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) inaugurou hoje (22), em Manaus, o primeiro prédio da Região Norte para armazenamento de dejetos radioativos.

Imagem:

Compartilhar:

Inpa desenvolve creme para tratamento da leishmaniose

Criado em 19/10/14 17h19 e atualizado em 19/10/14 17h38
Por Andreia Verdélio Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Inpa inaugura prédio para armazenar material radioativo na Amazônia
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa (Ascom/Inpa)

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) está desenvolvendo um medicamento que vai diminuir a resistência dos pacientes ao tratamento da leishmaniose cutânea, ao torná-lo menos invasivo e com menos efeitos colaterais. O projeto do instituto foi apresentado durante a 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que termina hoje (19) em Brasília.

Veja também:

Inpa identifica rios com água vermelha na região norte do país

Inpa lança farinha integral de pupunha e purificador de água

Usando a nanotecnologia, o Laboratório de Leishmaniose e Doença de Chagas do Inpa, criou um creme para ser aplicado na lesão, que é 30 vezes mais potente que as drogas utilizadas atualmente, indovenosas ou intramusculares. O projeto é desenvolvido desde 2011 em parceria com universidades da Finlândia e da Itália.

“Estamos nos baseando em drogas já conhecidas, mexemos em sua formulação e, até agora, estamos tendo bons resultados com nossas nanopartículas, que estão em torno de 50 nanômetros. E, na parte química, estamos testando vários tipos de ligantes, já aceitos pelo organismo, que favoreçam a penetração e a entrada de forma mais fácil das partículas dentro da célula, para que possa atingir o parasita”, explicou a bióloga Antônia Maria Ramos Franco, pesquisadora responsável pelo laboratório do Inpa.

A leishmaniose cutânea é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas infectadas de insetos flebotomíneos. No Brasil, esses insetos podem ser conhecidos por diferentes nomes de acordo com sua ocorrência geográfica, como tatuquira, mosquito palha, asa dura, asa branca, cangalhinha, birigui e anjinho, entre outros.

Desde 1909, a doença vem sendo registrada no país. Segundo o Ministério da Saúde, são notificados cerca de 21 mil casos por ano. A Região Norte apresenta o maior coeficiente, de 54,4 casos a cada 100 mil habitantes, seguida das regiões Centro-Oeste (22,9 casos/10 mil habitantes) e Nordeste (14,2 casos/100 mil habitantes).

“É muito sofrido ver pessoas que saem do médico com caixas de ampolas para aplicação. Como essa via de administração da droga é muito invasiva e as pessoas precisam ir ao posto de saúde, o tratamento torna-se dolorido e cansativo e muitos o largam no meio. E a doença continua. Então, a possibilidade do uso tópico, oral, ou através de adesivo seria o ideal, principalmente para as crianças”, ressaltou Antônia Maria.

O laboratório do Inpa desenvolve várias linhas de pesquisa que vão desde o estudo de distribuição geográfica, identificação à taxinomia (ciência que classifica os seres vivos) de vetores, de perfil epidemiológico, de métodos de diagnóstico e alternativas de medicamentos. Algumas dessas pesquisas já resultaram em produtos e dependem agora do interesse da iniciativa privada para a comercialização.

“Estamos tentando fazer o melhor possível para ajudar o povo, a partir das nossas observações e do convívio com esse problema social e de saúde pública. A forma de administração de uma droga pode reduzir seus efeitos colaterais. E, se conseguirmos um tratamento tópico baseado na nanotecnologia, será excelente, e esse creme tem um potencial muito grande”, argumentou a pesquisadora do Inpa.

Editora Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário