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Ponto Com Ponto Br discute cultura negra na internet | PcomBR | Ano 02 #16
Criado em 27/07/15 17h28
e atualizado em 28/07/15 17h46
Por Portal EBC
A internet como espaço de mobilização da cultura negra foi o tema do Ponto Com Ponto Br desta segunda-feira (27). O programa conversou com participantes do Festival Afro Latinidades, que aconteceu na semana passada em Brasília (DF) e debateu a questão da mulher negra. Nas entrevistas, Kênia Dias, Mestre TC, Dom Filó e Rico Dalasam compartilharam um pouco de suas experiências no uso da rede para difusão e afirmação da cultura negra.
8m20 Kenia Dias, do canal Tá Bom pra Você, fala sobre como a comunidade negra pode usar a internet para a conscientização
A primeira entrevistada foi a atriz Kênia Dias, do canal de Youtube Tá Bom pra Você, que discute com bom humor questões raciais importantes, como a presença de negros na publicidade. "A internet é a democracia e a comunidade negra tem nela uma arma poderosíssima para denunciar e conscientizar", afirma. Segundo Kenia, apesar da mobilização geral em casos de racismo como o acontecido contra a apresentadora Maria Júlia Coutinho, da TV Globo, o Brasil ainda é um país racista.
22m03 Mestre TC, do coletivo Mocambo, comenta a ocupação da internet por produtores de conteúdos negros
O programa também conversou com Mestre TC, da Rede Mocambos, que reúne coletivos negros e quilombolas com atuação na inclusão digital e na produção audiovisual. "Queremos criar dentro desse universo (da internet) territórios onde possamos decidir reescrever a nossa história". Para Mestre TC, as políticas públicas de inclusão digital ainda são feitas de cima para baixo. "É preciso priorizar a formação, e não só disponibilizar máquinas nas comunidades carentes", comenta.
31m48 Dom Filó, criador do Cultinê, contou as novidades do projeto e sobre a relação entre cultura negra e web
O Cultne é o maior acervo digital de cultura negra da América Latina, reunindo vídeos, fotos e textos desde 1972. Seu fundador, Don Filó, comentou a importância da internet na preservação e difusão deste material. "Graças à internet, conseguimos resgatar um acervo que, sinceramente, eu não sabia para onde iria há 40 anos, quando fundamos o Cultne", conta.
45m06 O rapper paulista Rico Dalasam fala sobre difusão de música na internet e sobre como a periferia usa a rede para afirmar sua cultura
Para fechar, o programa conversou com Rico Dalsam, um paulistano que ficou bastante conhecido por ser o primeiro rapper assumidamente gay. Na entrevista, Rico comenta as formas como, por meio da internet, a música circula e gera renda dentro das periferias. "A internet movimenta milhões de periferia para periferia. É o nosso meio de hackear o processo", diz. No entanto, segundo o rapper, plataformas como o Spotify ainda não muito fechadas para artistas iniciantes.
Músicas do programa
2m15 Aceite C, Rico Dalasam
17m28 Primavera, Tássia Reis
26m58 Tombei, Karol Conka
41m19 GOG, África Tática
52m05 Deise, Rico Dalasam
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