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Centro de Brasília visto do alto da Torre de TV

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Mostra Brasília emociona e arranca aplausos do público

Criado em 23/09/12 11h01 e atualizado em 07/07/16 16h46
Por Carolina Gonçalves Edição:Talita Cavalcante Fonte:Agência Brasil

Brasília – Com uma exaltação à cidade de Brasília e suas relações com a arte, o documentário Sob o Signo Da Poesia, do diretor brasiliense Neto Borges, estreou no primeiro dia da 17ª Mostra Brasília, ontem (22), traduzindo os sentimentos dos moradores da cidade e arrancando aplausos ao longo de toda a exibição.

O evento integrante do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro tem as últimas exibições agendadas para hoje (23). Na primeira tarde, durante 70 minutos, a produção de Neto Borges apresentou depoimentos de músicos, arquitetos e escritores que nasceram ou vivem na capital do país há anos e revelou curiosidades e fatos históricos.

“Foi linda a fotografia. O que se fala de poesia foi maravilhoso, principalmente porque mostra para a gente que vem de fora a identidade com Brasília. Eu já sou apaixonada pela cidade há muitos anos”, avaliou a pernambucana Fernanda Maria de Melo Silva, que mora na cidade há 30 anos.

Ao deixar a Sala Martins Pena do Teatro Nacional, a atriz Ruth Guimarães se esforçou para conter a emoção. “Nossa! Estou totalmente emocionada com esse filme. É lindo demais. É Brasília. Brasília é isto, é um poema e uma poesia”, disse ela. O professor Mauro Noleto acrescentou: “Acho que [a produção] foi capaz de mostrar também a história recente. O olhar poético, criativo e cultural de Brasília.”

A 17ª Mostra Brasília, criada para premiar exclusivamente produções do Distrito Federal, como evento integrante do festival, foi inaugurada com dez filmes que tratam de questões como o lixo produzido na cidade, a poesia e arte presentes na história da capital do país.

Entre os destaques da tarde, o curta-metragem de Adriana de Andrade, baseado em fatos reais e intitulado Bibibinha, A Luta Continua, contou a trajetória bem humorada de um produtor de cinema, soropositivo há 20 anos, que luta pela vida e pela arte.

Com Meu Amigo Nietzsche, o diretor Fáuston da Silva, retratou as transformações vividas por um estudante, com um grave problema de analfabetismo funcional, e seu improvável encontro com o filósofo alemão do século 19, Nietzsche. “Será o começo de uma violenta revolução dentro da mente de um garoto, dentro de uma família e dentro de uma sociedade. Ao final, ele não será mais um menino, será uma dinamite”, descreve.

As exibições ainda incluíram produções como Um Copo d’Água, de Maurício Chades, Na Cozinha, de André Luis da Cunha, Kinólatras, de Tiago Belotti, Rodrigo Luiz Martins e Gustavo Serrate, Vida Kalunga, de Betânia Victor Veiga, e O Corpo da Carne, de Maria Mendonça.

Hoje (23), último dia da Mostra Brasília, serão exibidos Hex Omega, de Diogo Serafim, Colher de Chá, de J. Procópio, Parece que Existo, de Mario Salimon, Sagrado Coração, de Cauê Brandão, A Caroneira, de Otavio Chamorro e Tiago Vaz, Véi, de Érico Cazarré e Juliano Cazarré, Zé do Pedal, acima da Terra e abaixo do Céu, de Márcio Garapa e Viça Saraiva, e Hereditário, de Sérgio Lacerda e Johil Carvalho.

Lacerda e Carvalho que trabalham juntos há alguns anos garantem que usaram novos elementos para produzir Hereditário. O drama, em curta-metragem de 20 minutos, revela o conflito familiar entre pai e filho. Sérgio Lacerda faz questão de manter o mistério, mas garante que os dois solucionam a questão.

O cineasta lamenta que as produções brasilienses não tenham ganho mais espaço nas mostras competitivas do festival. Mas reconhece que a Mostra Brasília tem estimulado a produção local. “A difusão dessa produção é muito bacana. A premiação é boa e incentiva [as produções do Distrito Federal] com certeza. Mas, tem muita produção. Alguns filmes ficaram de fora porque a produção em Brasília está muito grande. Você vê que lota, que enchem as sessões.”

Durante a primeira tarde de exibições, os mais de 430 lugares da Sala Martins Pena não conseguiram acomodar todo o público presente que dispôs-se em pé e em cadeiras extras para acompanhar as primeiras exibições. Enquanto isso, no saguão de acesso à sala, uma fila enorme de curiosos ainda aguardavam a oportunidade de conferir as produções brasilienses.

Os títulos, selecionados entre 94 inscritos, disputam prêmios que totalizam R$ 200 mil e serão definidos pelo júri que acompanha as exibições na Sala Martins Pena do Teatro Nacional.

Edição: Talita Cavalcante

Creative Commons - CC BY 3.0

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