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Dados de trabalho infantil e exploração sexual mais que dobraram após o início das obras de Belo Monte

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Conanda vai ao Pará discutir impacto de Belo Mote na exploração de crianças e adolescentes

Criado em 17/10/12 17h52 e atualizado em 17/10/12 18h28
Por Mariana Tokarnia Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

Abuso sexual
Dados de trabalho infantil e exploração sexual mais que dobraram após o início das obras de Belo Monte (Antonio Cruz/ABr)

Brasília - O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), realiza, a partir de amanhã (18), assembleia em Altamira, no Pará, para discutir o impacto de grandes obras em execução no estado, principalmente da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na exploração de crianças e adolescentes.

Participam das atividades membros do Conanda, conselheiros tutelares de municípios da região, agentes de segurança e membros da comunidade. A reunião prossegue até sexta-feira (19), sempre a partir das 9h, no Centro Cultural de Altamira e no campus local da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na região, os dados de trabalho infantil e exploração sexual mais que dobraram após o início das obras, segundo estimativa do Conselho Tutelar de Altamira. A principal causa é a presença de cerca de 200 mil pessoas envolvidas com as obras, a maioria homens, segundo o Conanda.

De acordo com a conselheira tutelar em Altamira, Lucenilda Lima, “a maioria dos casos que chega ao conselho é relacionada aos trabalhadores da obra, que usam, aliciam, exploram crianças e adolescentes”. De acordo com ela, “Altamira precisa ser vista com olhar diferenciado”.

O objetivo do Conanda é mobilizar autoridades e a comunidade para uma ação conjunta. “Nós sabemos que grandes obras trazem impactos como violência sexual, homicídios, violência doméstica e trabalho infantil. A rede de serviços dos municípios e do estado não consegue atender às demandas”, explica a presidenta do Conanda, Miriam Maria José dos Santos.

Serão convidados para a assembleia moradores dos 11 mnicípios da região do Baixo Xingu. “Vamos priorizar a estruturação de conselhos nos municípios que ainda não têm um sistema de Justiça estruturado”, informou o ouvidor Nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira.

Segundo ele, no próximo ano, a SDH organizará caravanas da cidadania que visitarão os municípios oferecendo capacitação de profissionais, emissão de documento e atendimento direito à população por psicólogos, assistentes sociais e advogados. O objetivo é a integração de quem ainda não é atendido por programas sociais.

A partir das discussões na assembleia, será elaborada a Carta de Altamira do Xingu em Defesa da Criança e do Adolescente. Também farão parte do acordo, os empreendedores do setor elétrico. Sobre a ocupação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e demais conflitos que envolvem comunidades tradicionais, o Conanda afirma que não serão abordados na visita.

Edição: Davi Oliveira

Creative Commons - CC BY 3.0

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