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Exposições serão levadas às comunidades pacificadas do estado, para difundir a cultura e a história brasileiras

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Exposição sobre o Brasil Imperial chega ao Morro da Providência

Criado em 31/10/12 21h29 e atualizado em 07/07/16 14h25
Por Agência Brasil Edição:Nádia Franco

Morro da Providência
Exposições serão levadas às comunidades pacificadas do estado, para difundir a cultura e a história brasileiras (Foto: Adriana Ferreira Silva)

Rio de Janeiro – Em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o Museu Histórico Nacional inaugurou nesta quarta-feira (31), no Morro da Providência, a primeira de uma série de exposições que serão levadas às comunidades pacificadas do estado, para difundir a cultura e a história brasileiras. Na mostra O Império e a República, apresentada na sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) daquela comunidade, moradores puderam conhecer mais sobre a história do período imperial. Um grupo de alunos do curso de artes marciais da UPP, realizou apresentações de judô na abertura da exposição.

Na mostra, três caixas transformam-se em vitrines com réplicas das peças do acervo do museu e painéis explicativos. Os temas abordados são A Coroa e a Escravidão, "A Crise do Escravismo" e "A República dos Alfabetizados". A exposição ficará na comunidade até 15 de janeiro, das 10h às 18h.

Para atender aos visitantes, moradores da própria comunidade participaram de um treinamento no museu, com o objetivo de atuar de forma voluntária como monitores na exposição, além de estimular os estudantes a usar o material exibido como base para os trabalhos escolares.

A diretora substituta do museu, Ruth Beatriz de Andrada, explicou que as caixas foram criadas especialmente para caber uma van e, desta forma, facilitar o transporte das peças expostas para outras comunidades. Segundo Ruth Beatriz, somente duas mesas são necessárias para exibir o material.

Para ela, o projeto pode aproximar a comunidade dos museus. Apesar de a sede do Museu Histórico Nacional ficar localizada na Praça XV, no centro da cidade, poucos moradores da comunidade o frequentavam porque não sabiam que podiam visitá-lo. "O importante é a comunidade saber que o museu é dela, que guarda objetos que são do povo. A função do museu é trabalhar a história do povo brasileiro e mostrar às pessoas que acham que não podem entrar que o monumento pode ser visitado."

A representante da Secretaria de Segurança Pública, Leriane Figueiredo, uma das coordenadoras da iniciativa, disse que o objetivo não é apenas criar um espaço de visitação, mas fazer uso pedagógico da mostra e promover a integração com outros setores da comunidade. "Aqui por exemplo há pessoas da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e do Cras (Centro de Referência de Assistência Social). Então, é fazer de fato com que se potencialize o caráter pedagógico da exposição e passar para a comunidade a mensagem de que outras relações podem ser estabelecidas."

Na opinião de Edilma Carvalho, moradora da comunidade, estimulará o gosto pela cultura entre os moradores. Edilma, que é professora, espera que, a partir de agora, a população frequente mais os museus, e não somente que os museus subam até a comunidade. Para a professora, olhando a história do a comunidade vai refletir sobre sua história, e isso será fundamental para a mudança. "Eu vi meu passado ali e isso me deu mais gás para continuar. Tenho certeza de que a proposta do museu vem a somar."

O Morro da Providência é a favela mais antiga do Rio de Janeiro e recebeu a sétima UPP do estado no dia 24 de abril de 2010.

Edição: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

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