one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Emissoras de rádio e televisão que exibirem a propaganda eleitoral gratuita terão dedução do Imposto de Renda Pessoa Jurídica

Imagem:

Compartilhar:

Argentina anuncia desmembramento do Grupo Clarin

Criado em 17/12/12 15h15 e atualizado em 18/12/12 09h23
Por Monica Yanakiew Edição:Beto Coura Fonte:Agência Brasil

Argentina notifica Clarín sobre transferência de ofício
Martín Sabbatella, foi até a sede do grupo Clarín para fazer a notificação do início da transferência de ofício

Buenos Aires – O governo argentino comunicou nesta segunda-feira (17) ao Grupo Clarin que nos próximos 100 dias úteis irá licitar, de forma compulsória, boa parte dos ativos do maior conglomerado de mídia do país e principal voz de oposição à presidenta Cristina Kirchner. Na Argentina, há 21 empresas de comunicação audiovisual que precisam reduzir de tamanho para se adequar a Lei de Meios, aprovada há 3 anos. Apenas uma – o Grupo Clarin – recorreu à Justiça para questionar a constitucionalidade da legislação, impedindo a aplicação de dois artigos.

Hoje, o presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual, Martin Sabbatella – órgão responsável por colocar a lei em prática - apresentou-se na empresa para dizer que o governo não vai esperar mais. Até abril examinará os ativos [o que pode ser transformado em dinheiro], quanto valem e decidir quais serão licitados publicamente. “Os serviços não serão interrompidos. Terão que ser assegurados até a transferência ao novo dono, que será obrigado a manter os mesmos postos de trabalho”, explicou à Agência Brasil, Martin Sabbatella.

Ouça reportagem da Radioagência Nacional:

A batalha judicial, que vem se arrastando desde 2008, intensificou-se na sexta-feira retrasada (7). A data, que o governo batizou de 7D, marcaria o princípio do fim dos chamados monopólios de comunicação. Na véspera, a Justiça prorrogou pedido de liminar concedida ao Grupo Clarin, questionando a constitucionalidade dos artigos 45 e 161 da lei. Pela decisão judicial, a liminar continuaria valendo até a decisão definitiva sobre a constitucionalidade da Lei de Meios.

Pela nova lei, nenhuma empresa pode ter mais que dez emissoras de rádio e de TV e 24 licenças de televisão a cabo. O Grupo Clarin tem 240 licenças a cabo (dez vezes mais). A empresa questiona a constitucionalidade da lei, por acreditar que viola direito adquirido: suas licenças foram prorrogadas pelo ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007), marido da atual presidenta Cristina Kirchner. O Grupo Clarin argumenta que fez investimentos quando suas licenças foram prorrogadas, e que a legislação teria sido feita para silenciar a única voz de oposição.

O governo insiste que a lei foi aprovada pela maioria do Congresso, e que o objetivo é incentivar a democratização da informação. Algumas das licenças, retiradas dos grandes grupos, seriam entregues a universidades, organizações não governamentais, províncias e municípios.

A liminar concedida ao Grupo Clarin caiu na sexta-feira passada (14), quando um juiz de primeira instância decidiu que os dois artigos questionados pela empresa eram constitucionais. Agora, o governo diz que a última palavra foi dada. O advogado do Grupo Clarin, Damian Cassino, discorda e argumenta que o governo não pode iniciar o processo sem esperar a decisão definitiva da Justiça.

 

Edição Beto Coura

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário