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Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos

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Moreira Franco defende aumento da influência internacional do Brasil

Criado em 11/12/12 16h11 e atualizado em 11/12/12 16h36
Por Camila Maciel Edição:Beto Coura Fonte:Agência Brasil

Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos
"Temos valores, cultura, que nos permitem uma presença no mundo mais envolvente, mais afetuosa", afirma Moreira Franco (Valter Campanato/ABr)

São Paulo – O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, defendeu hoje (11) a adoção de estratégias soft power para cooperação e aproximação com outros países como forma de aumentar a influência do Brasil no plano internacional. “É o tipo de mecanismo com o qual você relaxa a relação, criando um ambiente novo. Temos valores, cultura, que nos permitem uma presença no mundo mais envolvente, mais afetuosa e esse é o objetivo”, declarou, após participar de evento sobre o tema na sede  da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo com o publicitário Nizan Guanaes, que também participou do debate na capital paulista, “soft power é um termo utilizado na teoria das relações internacionais para descrever habilidade de um corpo político, como o Estado, para influenciar indiretamente o interesse ou comportamento de outros corpos políticos por meio de atividades culturais ou ideológicas”, explicou. Como exemplo de ações de soft power adotadas pelo governo federal, o ministro citou a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, que contou com um jogo da seleção brasileira de futebol, em 2004.

Para o ministro Moreira Franco, as estratégias a serem adotadas precisam estar alinhadas à política de defesa nacional, tendo em vista que, apesar de serem ações brandas [soft], elas são também expressão de poder [power]. “Precisamos mobilizar pensadores, dentro e fora do governo, para que a nação brasileira tenha muito claramente as ferramentas que utilizará para definir a sua presença no mundo. Nós queremos que essa presença tenha sempre a marca de valores que falam de igualdade, de respeito, que falam de liberdade, de democracia”, ponderou.

Moreira Franco avaliou que este é um momento de oportunidades e que o mundo espera uma postura ativa do Brasil. “Efetivamente, há uma expectativa de uma palavra de liderança do país. Temos que estar preparados para isso. Não tenho a menor dúvida de que para que essa liderança se dê de forma construtiva, de forma natural, esses valores precisam se unir a nossa experiência e conhecimento, dando sentido a uma ação, não só para nos proteger, mas que seja também um elemento para fortalecer a humanidade”, defendeu.

O setor de agricultura foi apresentado como exemplo de cooperação do Brasil no plano internacional. O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, apresentou projetos desenvolvidos em parceria com países africanos. O programa Africa Brasil Market Place é uma das iniciativas, que tem como propósito buscar fundos de organizações internacionais para estimular o intercâmbio entre pesquisadores dos dois países.

Maurício Lopes acredita que “no futuro, a questão da segurança alimentar e nutricional vai estimular, cada vez mais, o olhar para a estratégia de cooperação internacional”. Nesse sentido, ele aposta que o Brasil terá um papel fundamental como provedor de conhecimento sobre agricultura tropical. “O Brasil pode, cada vez mais, através da estratégia soft power, consolidar a sua posição de importante produtor e exportador de alimentos e, além disso, ser um país líder no desenvolvimento de conhecimento e tecnologias para agropecuária tropical, dando uma contribuição definitiva para a segurança alimentar do mundo”, avaliou.

Para o mundo dos negócios, a aposta é que a divulgação de um modo de vida brasileiro ajude também no setor de exportações. “Para entender o que significa o soft power para a economia é só olhar para a França. Você vai para a França pela história, pela comida, pelos vinhos, pela moda e isso faz o país vender avião, armamento. O soft vem primeiro como elemento de atração”, exemplificou o publicitário Nizan Guanaes.

Ele acredita que o Brasil tem um potencial natural para explorar seus talentos, mas que essas estratégias ainda são pouco utilizadas. “Primeiro o sujeito diz: “eu adoro o Brasil”. Daqui a pouco vem o carro brasileiro, em seguida os serviços, a indústria médica. Quando você traça a opinião sobre alguém, está mais aberto a comprar produtos deste alguém”, avalia.

 

Edição Beto Coura

Creative Commons - CC BY 3.0

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