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Justiça media disputa entre moradores da Vila Autódromo e prefeitura do Rio.

Criado em 13/08/15 23h07 e atualizado em 13/08/15 23h23
Por Flávia Villela Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil

Para mediar uma disputa judicial entre moradores e a prefeitura do Rio de Janeiro, o desembargador Fernando Cerqueira Chagas, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) se reuniu hoje (13) com defensores públicos de famílias da Vila Autódromo, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, que ajuizaram ação contra o município acusando-o de remoção e demolição ilegal de casas para realizar obras que visam aos Jogos Olímpicos de 2016.

De acordo com o TJRJ, os defensores argumentaram que acordos sobre a urbanização da Vila teriam sido quebrados e que cerca de 120 famílias querem continuar morando no mesmo lugar, embora estejam sendo coagidos ou pressionados a negociar a mudança para um conjunto habitacional. São mais de 20 demandas judiciais que tramitam no Tribunal de Justiça sobre as desapropriações, entre processos de moradores e ações civis públicas.

Esta foi a primeira etapa da mediação. A reunião com os representantes do município está marcada para a próxima quinta-feira (20). ”Por uma questão de igualdade, nós ouvimos uma parte e depois ouviremos a outra, para que possamos colocá-las para dialogar”, explicou o magistrado, afirmando ainda a neutralidade dos mediadores. “A melhor decisão é aquela tomada pelas partes”, informou o desembargador.

A mediação será feita depois da segunda reunião por três magistrados aposentados. “É uma força de trabalho qualificada. São magistrados experientes, que já viram e ouviram de tudo em julgamentos”, completou o desembargador Fernando Chagas.

A comunidade de Vila Autódromo foi criada na década de 1970 e cerca de 450 pessoas habitavam o local antes da decisão da prefeitura de desaproriar a área para contruir instalações para os Jogos Rio 2016 .Várias manifestações foram feitas pelos moradores desde 2010. Parte dos moradores da vila acabou deixando a comunidade em troca de imóveis populares no Parque Carioca, um condomínio de 900 unidades, com dois e três quartos. Os imóveis têm área verde, clube com piscina, espaço gourmet, creche e espaço comercial, e custou R$ 105 milhões, segundo a Empresa Olímpica Municipal (EOM).  Decidiram ficar na comunidade 187 famílias, que cobram políticas públicas.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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