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Trio carioca apresenta "O evangelho segundo Dona Zefa"

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Peça sobre seca no nordeste é apresentada em festival de teatro

Criado em 08/11/12 17h32 e atualizado em 08/11/12 18h09
Por Rafaela Oliveira Fonte:Conteúdo colaborativo

Trio carioca apresenta "O evangelho segundo Dona Zefa"
Trio carioca apresenta "O evangelho segundo Dona Zefa" (Foto: Camila Gasparini/Cultura Plural)

 

O Festival Nacional de Teatro Amador acontece em Ponta Grossa (PR) entre os dias 6 e 14 de novembro. Confira logo abaixo a descrição da apresentação do primeiro dia de festival, a peça O evangelho segundo Dona Zefa. O conteúdo foi escrito por integrantes do projeto Cultura Plural, da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Nordeste: terra de muitas secas, muita fé, de povo guerreiro, religioso, trabalhador. A peça escrita por Zeca Ligério foi inspirada na nordestina contadora de histórias e escultora Dona Zefa, interpretada por Marise Nogueira. O espetáculo conta a trajetória da senhora, que quando menina mudou várias vezes de cidade devido à seca no sertão.

O enredo abordava temáticas recorrentes ao sertão, como a religiosidade e a fé inabalável do sertanejo, principalmente na imagem de Padim Ciço, com as rezas ensinadas e transmitidas a cada geração. As secas que devastam a região e fazem tantos nordestinos sair de sua terra natal à procura de terras melhores, e personagem históricos do Nordeste, como Antonio Conselheiro, também integram o roteiro.

O espetáculo apresenta a Zefa menina, que com oito anos já fumava cachimbo, passando para a Zefa idosa que, morando em Minas Gerais, continua a contar suas histórias para vizinhos e também para turistas. A peça termina de maneira inusitada, quando a atriz se despe da personagem e conta a sua história, a história da produção da peça e a história que ela viveu enquanto o grupo ainda filmava as histórias da Dona Zeva em Araçuaí, no estado mineiro.

Fé sertaneja é representada em cena
Fé sertaneja é representada em cena (Camila Gasparini/Cultura Plural)

 

“Essa é a terceira vez que eu participo do Fenata. já atuei como ator, e diretor. Me sinto honrado fazer parte, esse ano, o júri do Festival, pois é um ciclo que se completa”, afirma Luiz Carlos Laranjeiras, ator, diretor de teatro e doutorando em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo. “Adorei o espetáculo, pois com pouquíssimos recursos cenográficos e com muita inspiração artística, eles conseguiram envolver todo mundo”, completa.

Após a apresentação, ocorreu o debate entre os jurados e alguns espectadores, sobre o espetáculo. O músico da peça, Chico Rota afirmou que a obra 'O evangelho segundo Dona Zefa' não foi pensado para um teatro grande e para um público amplo. Segundo ele, o espetáculo foi criado para um público de aproximadamente 80 pessoas. “A gente se preparou, acendeu luz de plateia, fez de tudo para aproximar do público. Dessa experiência, quando eu for fazer em um lugar grande de novo, vou levar daqui um aprendizado enorme”, explica Marise Nogueira.

A repercussão da peça foi grande, e o público a aplaudiu de pé. “Foi muito melhor do que eu esperava. A forma como a personagem mudou ao longo do tempo. Até a voz da atriz mudou para cantar quando ela estava velha. Me senti dentro de toda a história”, afirma a estudante Camila Stiko. O espetáculo fez parte do segundo dia de apresentações do Festival, que se encerra na próxima quarta-feira, 14, com a premiação dos espetáculos.

Creative Commons - CC BY 3.0

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