Exposição destaca ícones cariocas, do souvenir ao design contemporâneo

Criado em 16/07/14 19h19 e atualizado em 18/03/16 15h05
Por Paulo Virgilio Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

A exposição 'Com o Rio da Cabeça aos Pés: sem Medo de Ser Kitsch' fica em cartaz 30 de agosto no Centro Carioca de Design (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Rio de Janeiro, uma das cidades mais facilmente identificadas pelos ícones de suas paisagens, tem hoje essas imagens cada vez mais reproduzidas em objetos, criados por designers nacionais e internacionais. Artefatos originalmente concebidos como souvenirs para turistas foram aos poucos se incorporando ao gosto do carioca e passaram a ser produzidos por marcas de moda.

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Essa evolução das representações da cidade pode ser vista na exposição Com o Rio da Cabeça aos Pés: sem Medo de Ser Kitsch, aberta ao público hoje (16), no Centro Carioca de Design, espaço cultural vinculado ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). A exposição mostra como esses produtos são usados para enaltecer a alma carioca e para construir a identidade do morador do Rio.

A designer e historiadora Isabella Perrota é a responsável pela concepção e curadoria da mostra. Segundo ela, no caso do Rio de Janeiro, o souvenir antecede a própria história do turismo, como atividade organizada, na cidade. “Litografias que representavam o Rio serviam de souvenir para os visitantes, ainda no século 19”, conta a curadora, que há anos vem pesquisando o tema.

Para Isabella, a forma como os ícones cariocas são vistos evoluiu com o passar dos anos. “Esses objetos hoje não são mais considerados cafonas, como durante muito tempo o souvenir era visto. Hoje são  desenvolvidos por designers contemporâneos, marcas de moda, de produtos da linha jovem. Enfim, todo mundo usa o Rio de Janeiro”, destaca.

Como marca, o Pão de Açúcar é a maior referência nacional e internacional do Rio de Janeiro. Em objetos, porém, os mais reproduzidos são o Cristo Redentor e as calçadas de Copacabana. “O Cristo é ele próprio, em miniatura. Já o calçadão tem a vantagem de virar uma estampa; vira toalha, camiseta, canga”, explica Isabella Perrota.

Porcelanas produzidas na Europa, nos anos 20 do século passado, e um ensaio fotográfico sobre a venda de rua dos produtos do Rio também fazem parte da exposição, que fica em cartaz até 30 de agosto, com entrada franca.

A visitação é de segunda-feira a sábado, das 12h às 19h, no Centro Carioca de Design, que fica na Praça Tiradentes, centro do Rio.

Editor: Stênio Ribeiro

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