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Quilombolas enfrentam barreiras para concluir ensino médio e entrar na universidade
Criado em 13/10/13 14h18
e atualizado em 13/10/13 19h38
Por Mariana Tokarnia
Edição:Aécio Amado
Fonte:Enviada especial da Agência Brasil/EBC
Codó (MA) - As dificuldades para concluir a formação básica nas comunidades quilombolas na área rural de Codó, no interior no Maranhão, são muitas. Deixar o ensino médio e ingressar no ensino superior, é mais difícil ainda. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as cotas sociais e raciais facilitam o acesso à universidade, mas, para o jovem quilombola, mais uma barreira surge quando vão para a cidade estudar: faltam condições financeiras para se manter.
As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2011, no Brasil, eram 214,5 mil matrículas no ensino básico em comunidades quilombolas. Dessas, 46,2 mil no Maranhão.
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Na hora de ingressar no ensino superior, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 mostra uma desvantagem da população negra (na qual estão incluídos os moradores das comunidades quilombolas) em relação à população branca. Enquanto 22,1% dos jovens brancos de 18 a 24 anos estão no ensino superior, 9,9% da população parda e 7,8% da população preta estão nessa etapa de ensino. As proporções se mantêm praticamente constantes desde 2009, quando 21,3% dos brancos, 8,5% dos pardos e 7,2% dos pretos de 18 a 24 anos estavam no ensino superior.
Dos 29 alunos formados no Centro Quilombola de Alternância Ana Moreira (C
Francimara Delgado Nunes é uma dessas estudantes. Ela obteve a pontuação 520 no Enem, em uma escala de até mil pontos, e foi aprovada, em segunda chamada, para ciências agrárias no IFMA. “Quando eu soube do resultado, que eu tinha passado, fiquei muito contente, sai espalhando para quase todo mundo”,
As dificuldades que eu
Francisco Carlos da Silva, uma das lideranças da comunidade quilombola Centro do Expedito, onde mora Francimara,
Para amenizar o problema, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Macaé Maria Evaristo dos Santos,
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