Estádio do Mogi Mirim é interditado por federação por atos de racismo

Criado em 07/03/14 16h53 e atualizado em 07/03/14 17h25
Por Portal EBC

Depois de manifestações racistas por parte de um grupo de torcedores contra o volante Arouca, do Santos, o estádio Romildão, casa do Mogi Mirim, foi interditado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). A decisão parte do Tribunal de Justiça Desportiva da entidade e vale até que haja uma conclusão sobre o processo disciplinar instalado para apurar os fatos.

Na resolução que tornou a decisão pública, o tribunal justifica a interdição com base no comportamento discriminatório dos torcedores do Mogi Mirim, que “macula de forma indelével a disciplina desportiva (…) e igualmente, os princípios básicos de civilidade e humanismo”.

Veja a decisão do Tribunal de Justiça Deportiva que interditou o estádio do Mogi Mirim

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O Mogi Mirim afirma que vai recorrer da decisão e classificou a decisão pelo fechamento do Romildão como uma “decisão pessoal do presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol, com base em noticiário esportivo”.

“Fomos punidos sem apresentar nenhuma defesa e a decisão foi tomada com base em informações divulgadas pela mídia, mas sem nenhuma consistência. Até o próprio jogador declara em nota oficial que não ouviu a ofensa e que foi informado por repórteres”, rebateu o vice-presidente do Mogi, Wilson Bonetti, em nota publicada no site oficial do time.

O presidente do Mogi Mirim, o pentacampeão mundial Rivaldo, informou que o clube vai buscar imagens gravadas pelas câmeras do estádio para confirmar se houve agressão e identificar os responsáveis. Rivaldo afirmou ser contra “atitude de pessoas que não respeitam o próximo”.

O jogador e dirigente discordou da punição imposta pela federação: “Não podemos controlar a boca dos torcedores. O clube é responsável caso haja briga, invasão de campo ou objetos jogado em campo. Julgar prematuramente o Mogi Mirim com base em noticiário esportivo, entendo não ser o correto. Se ocorreu a agressão, não sabemos como ela foi feita e por quem”.

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