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Imagem: Roberto Castro/ME

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Luís Xambioá Karajá leva o título mundial no arco e flecha

Criado em 01/11/15 12h08 e atualizado em 01/11/15 13h10
Por Nathália Mendes Edição:Adriana Franzin

A precisão e a técnica do experiente Luís Xambioá Karajá transformou-o no melhor arqueiro entre todos os participantes dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI). O grande vencedor conseguiu, em três tentativas, atingir a última curva do alvo em espiral, naquele que foi o disparo mais próximo do centro. Luís precisou superar oito competidores para poder subir no alto do tronco de buriti e celebrar erguendo seu arco e saudando a plateia que vibrou com seu desempenho.

A decisão começou com seis participantes disputando uma rodada de desempate. Os representantes das Filipinas, Guatemala e dos povos Rikibatsa, Tapirapé, Wai Wai e Mamaindê terminaram a fase eliminatória com o mesmo número de pontos e tiveram a chance de atirar mais uma vez para confirmar a classificação. Melhor para o atleta filipino, que acertou uma região do “peixe” - formato do alvo na primeira fase – que lhe conferiu maior pontuação, desbancando os demais competidores na briga pela última vaga para a final.

Até que o tiro que valeu o título fosse dado, dois atletas estiveram na liderança: Hurelbaatar Badarch, da Mongólia, foi o primeiro a assumir a ponta. Aos 72 anos, o ancião do povo Gavião Pykre Jimokre Hirare mostrou sua experiência acumulada ao longo dos anos e tomou a dianteira na metade da prova. Luís Xambioá Karajá foi o penúltimo competidor a assumir a marca, atirando para a vitória.

Mas por muito pouco o campeão não foi surpreendido pelo último arqueiro do dia: Valdeilson Jolasi Manoki fez questão de registrar, com o celular, a pequena distância entre seu disparo e o tiro do vencedor - “questão de dois ou três dedos”, afirmou o segundo colocado. “Isso só me deu forças para continuar treinando. Eu perdi para um competidor experiente e eu estou só começando. Mas o título ficou em boas mãos”, afirmou o atleta manoki.

“Eu fiquei muito emocionado e nervoso e não consegui firmar a vista. Chegou muito perto do centro”, lamentou o veterano Pkyre Hirare, que agora quer passar para frente tudo o que aprendeu: “Vou ser técnico para ensinar os mais novos a atirar”.

Creative Commons - CC BY 3.0

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