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he squad from Brazil, comprising of Renato Nunes da Cruz, Petrucio Ferreira dos Santos, Yohansson Nascimento and Cardoso Oliveira Alan Fonteles, celebrates with their silver medals during the victory ceremony.

Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Reservados

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Revezamento 4x100: Brasil cruza a linha de chegada em terceiro, mas herda prata com eliminação dos Estados Unidos

Criado em 13/09/16 00h54 e atualizado em 13/09/16 01h04
Por Nathália Mendes Edição:Gustavo Gomes Fonte:Portal EBC

 

A medalha de prata caiu no colo da equipe masculina do Brasil no revezamento 4x100, para atletas que competem entre as classes T42 e T47. Depois de cruzar a linha de chegada atrás dos Estados Unidos e da Alemanha, com tempo de 42s04, o quarteto brasileiro, formado por Renato Nunes, Yohansson Nascimento, Petrúcio Ferreira e Alan Fonteles, ganhou mais uma posição no pódio com a desclassificação do time norte-americano. Os primeiros colocados chegaram a festejar o ouro e a quebra do recorde mundial na prova, mas acabaram eliminados por conta de um erro de transição.

Os brasileiros sabem bem o que é ir da euforia pela medalha para a revolta pela desclassificação. Em Londres, a equipe brasileira perdeu a medalha de prata por conta do mesmo problema que custou o título dos americanos neste ano. “A gente tem 20 metros de zona de passagem. Nesta área, precisamos tocar um no outro. Pode ser no braço, nas costas, desde que toque no seu companheiro. Se não tocar dentro destes 20 metros, é queima”, explica Yohansson Nascimento, que fez parte tanto da equipe desclassificada há quatro anos quanto do time de prata na Rio 2016.

Mais experiente do grupo, Renato Nunes abriu a prova e entregou para Yohansson no pelotão intermediário. O medalhista de bronze nos 100m T46 desenhou a reação, que se confirmou na passagem para Petrúcio Ferreira. Campeão paralímpico na prova mais rápida de sua categoria, Petrúcio deixou o Brasil em terceiro lugar. Com os atletas de Estados Unidos e Alemanha bem à frente, Alan só precisou administrar a posição para colocar a equipe no pódio.

REUTERS Equipe revezamento 4x100 Jogos Paralímpicos
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

Graças à ajuda dos companheiros, Alan Fonteles não sairá dos Jogos Paralímpicos de mãos abanando. Eliminado precocemente nos 100m e 200m, o velocista biamputado despediu-se dos Jogos do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (12): “Foi de lavar a alma. Correr ao lado desses caras foi uma grande experiência e ganhar uma medalha em casa é uma conquista para mim”.

Depois de acusar um incômodo na coxa que comprometeu seu desempenho nos 200m, prova em que é especialista, Alan correu contra o tempo e intensificou o tratamento para estar em condições de fechar o revezamento. “Fiz exame hoje de manhã e não foi constatada nenhuma ruptura. Fiquei a manhã toda na fisioterapia, e mesmo assim, estou aqui todo remendado, com bandagem. Eu ia correr de qualquer jeito, não importando como eu estivesse. Se tivesse que remendar mais a perna, eu faria, porque treinei muito com esses caras para que a gente pudesse pegar essa medalha. Decidi ir para cima, porque, se eu estourasse, não teria mais nada para correr”.

Não foi a medalha de ouro e a quebra do recorde mundial que encheu Petrúcio Ferreira de confiança para o revezamento, mas sim a presença de seus ídolos no paradesporto. “Quando eu olhava para a largada, via o Renato. Olhava para a reta e o cara que eu ia esperar era o Yohansson. E na minha frente tinha o Alan. Isso me deu uma tranquilidade muito grande”, conta. “É a realização do meu sonho de criança. Sempre falei para minha mãe que eu queria representar o meu país e a minha bandeira”.

Aos 44 anos, Renato Nunes lembra que o revezamento exige confiança: “O revezamento é um trabalho de generosidade. Se eu tivesse errado, não teria prova. Não tem essa de ser o mais rápido. É um trabalho em conjunto. Eu preciso saber que tenho que dar o meu melhor e acreditar que meus companheiros vão fazer o melhor da vida deles”, ensina ele, dividindo um episódio que prova isso. “Eu sou um pouco ansioso e estava preparando ontem as minhas coisas para vir para cá. E eu coloquei o uniforme de cerimônia na mochila porque eu acreditava no potencial desses garotos”.

Yohansson lembra que o entrosamento da equipe começou a ser construído ainda em Pequim, quando ele e Alan competiram juntos pela primeira vez. “O bom da gente é que o treino não foi feito agora. Meu primeiro revezamento em Paralimpíada foi em 2008, ao lado do Alan, quando ele tinha apenas 16 anos. Já tínhamos conqusitado uma prata juntos. A gente já vem correndo há muito tempo e fizemos muitos revezamentos juntos, tanto nos Jogos Paralímpicos quanto em Mundiais”.

O Brasil encerrou o quinto dia de provas do atletismo com 17 medalhas, sendo seis ouros, sete pratas e três ouros. As provas desta terça-feira (12) começam às 10h, com destaque para o revezamento 4x100 T11-T13, que reúne atletas cegos ou com baixa visão. O Brasil está na final, junto com as equipes do Uzbequistão, China e Namíbia.

Creative Commons - CC BY 3.0

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