EBC e emissoras da Amazônia fortalecem comunicação pública na COP30 com cobertura colaborativa
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) encerrou a cobertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) com um marco para a comunicação pública: a atuação integrada com duas emissoras da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) na região amazônica – a TV Cultura do Pará (Funtelpa) e a TV Encontro das Águas, de Manaus.
A parceria, iniciada meses antes do evento, teve como objetivo ampliar a presença das emissoras da RNCP na cobertura da COP30, garantindo que a comunicação pública refletisse a diversidade da Amazônia e valorizasse os olhares locais. O trabalho colaborativo começou em agosto, com articulações institucionais e editoriais que envolveram reuniões semanais entre gestores da RNCP, equipes de jornalismo e áreas de produção digital.
Em outubro, a EBC promoveu um workshop preparatório para a COP30 com a participação de 115 profissionais das emissoras parceiras, conduzido por especialistas da empresa e convidados do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. A capacitação abordou estratégias de cobertura, reforçando a importância da pluralidade de vozes na narrativa sobre mudanças climáticas. Além disso, o diretor-geral da empresa, Bráulio Ribeiro, visitou a sede da Funtelpa com representantes da TV Encontro das Águas para discutir as ações conjuntas de cobertura.
Durante a Conferência, a parceria se consolidou com ações práticas. As emissoras compartilharam equipamentos, estrutura e profissionais, além de cederem imagens de arquivo da Amazônia para enriquecer a produção da TV Brasil. A Funtelpa disponibilizou três veículos com motoristas para apoiar a logística da EBC, enquanto um sistema de ingest instalado na Blue Zone permitiu o intercâmbio rápido de conteúdos entre as equipes das três emissoras. Ao todo, foram 18 terabytes de material compartilhado em um servidor de uso conjunto.
Cobertura plural
A presença das emissoras amazônicas trouxe diversidade e protagonismo regional à cobertura nacional. A TV Cultura do Pará veiculou 17 reportagens e realizou 18 entradas ao vivo nos telejornais da TV Brasil, além de produzir uma entrevista exclusiva. Já a TV Encontro das Águas contribuiu com sete reportagens e 16 participações ao vivo. Ambas estiveram presentes diariamente nos boletins exibidos de hora em hora na programação da TV Brasil.
Nas rádios, a integração também foi significativa. O programa Repórter Nacional, da Rádio Nacional, contou com dez participações da Rádio Encontro das Águas e quatro da Rádio Cultura FM de Belém que, em breve, também passará a integrar a Rede Nacional de Comunicação Pública. Os profissionais da TV Cultura do Pará também marcaram presença no programa Revista COP 30, programa da Rádio Nacional da Amazônia ancorado pela jornalista Mara Régia diretamente de Belém durante o evento.
Conteúdo com DNA paraense
A colaboração se estendeu às redes sociais, com a produção conjunta de dez vídeos para os perfis da EBC, TV Brasil e Canal Gov, destacando debates climáticos e a diversidade amazônica. Essa iniciativa marcou o início de uma parceria inédita entre as áreas digitais da EBC e da Funtelpa, reforçando a presença da comunicação pública no ecossistema digital.
Além disso, foi aberto um canal de diálogo entre a Funtelpa e a TV Brasil Internacional para inserção de programas da TV Cultura do Pará na grade internacional da emissora. Esta parceria, em negociação, foi fruto de encontro entre o presidente da EBC, Andre Basbaum, e o presidente da Funtelpa, Miro Sanova, durante a COP30.
Para Gracielly Bittencourt, gerente da RNCP/TV, a atuação conjunta durante a COP30 reafirma a importância da Rede Nacional de Comunicação Pública como um espaço de cooperação técnica e editorial entre emissoras públicas de todo o país. “Mais do que uma cobertura jornalística, a iniciativa representou um passo decisivo para fortalecer a comunicação pública em eventos de relevância global. A articulação em rede trouxe mais diversidade para os veículos da EBC e ao mesmo tempo permitiu que as vozes dos comunicadores da Amazônia chegassem mais longe”, concluiu.