Programação

Rádio Nacional inicia 2026 com campanha especial pelos 90 anos

Série “Curiosidades” resgata momentos históricos e celebra a força do rádio como patrimônio cultural brasileiro
30/12/2025
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14:05
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Crédito: Arte Marketing/EBC

A Rádio Nacional inicia 2026 celebrando seus 90 anos com uma campanha especial que convida os ouvintes a revisitar momentos que marcaram a história do rádio brasileiro. Em janeiro, entrará no ar a série “Curiosidades”, composta por chamadas especiais que homenageiam os pilares da emissora: o jornalismo de credibilidade, as radionovelas que pararam o país, os programas esportivos que acompanharam gerações e a música que ecoou dos auditórios para o imaginário popular.

A campanha percorre a trajetória da Nacional desde sua fundação no Rio de Janeiro, em 1936, passando pela presença marcante em São Paulo nos anos 1950, pelo pioneirismo em AM em Brasília na década de 1960 e pelo novo modelo em FM nos anos 1970. Também destaca a expansão para a Amazônia, em ondas curtas há quase 50 anos, e para o Alto Solimões, há 19 anos, além da presença em Recife, São Luís e diversas cidades do país. Cada curiosidade revela como a emissora construiu um legado que atravessa gerações há 9 décadas.

“O objetivo é mostrar, de uma forma leve e descontraída, a vocação da Rádio Nacional de se comunicar com todo o Brasil. As chamadas vão trazer à memória informações marcantes, que fizeram parte da história da comunicação do Brasil. Afinal, a Nacional integra, comunica e é companhia diária dos ouvintes há 90 anos”, explica Thiago Regotto, gerente executivos de Rádios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Memórias que atravessam gerações

As peças sonoras resgatam momentos que marcaram época, como trechos originais das transmissões do Repórter Esso, voz emblemática do radiojornalismo brasileiro, e o universo das radionovelas, que transformou o hábito de ouvir rádio em um fenômeno cultural.

Produções como Em Busca da Felicidade e O Direito de Nascer reaparecem agora, revelando como essas narrativas influenciaram comportamentos e até a rotina das famílias brasileiras. Na seleção, aparecem também registros históricos que repercutiram nacionalmente, incluindo o anúncio do fim da Segunda Guerra Mundial e a cobertura da morte de Getúlio Vargas — instantes sonoros que ajudaram a construir a relação de confiança entre a Nacional e seu público. 

Música e esporte

No eixo musical, as chamadas relembram os célebres programas de auditório, que lotavam plateias e consagravam artistas muito antes da televisão. Personalidades que “bombaram” na era de ouro do rádio voltam a ser mencionadas, assim como canções que se tornaram parte do DNA da emissora. Entre elas, “Luar do Sertão”, agora também em versão moderna, ganha destaque como símbolo afetivo e trilha sonora da própria história da Nacional.

O esporte também marca presença, já que a campanha vai recuperar narrações de acervo de Copas do Mundo e de Olimpíadas, transmitidas com a emoção característica dos locutores que ensinaram o Brasil a torcer pelo rádio. Esses registros mostram não apenas momentos decisivos, mas a evolução da cobertura esportiva e seu papel na construção de uma identidade coletiva.

Para completar, o público reencontra curiosidades sobre programas de humor, formatos que fizeram grande sucesso, e propagandas icônicas de radionovelas, que revelam os modos de comunicação e consumo de cada época.

O desenvolvimento dessa campanha é fruto de parceria entre a equipe da Rádio Nacional e a equipe da Gerência de Acervo e Pesquisa da EBC. “Utilizamos vários trechos de gravações originais, o que só foi possível pela preservação dos materiais, das memórias que atravessam gerações e não poderiam se perder no tempo. Conseguimos resgatar e garantir que essas narrativas continuem vivas, acessíveis e inspirando o presente e o futuro da Rádio Nacional”, explica Regotto.

A série Curiosidades é apenas o início de uma série de ações da Rádio Nacional para o ano de 2026 e é um convite aos ouvintes para reconhecerem a relevância histórica da emissora e celebrar a força do rádio como patrimônio vivo do Brasil.