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Ideia da rádio para crianças começa a tomar corpo com a realização do primeiro Seminário de Comunicação, Infância e Adolescência

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Rádio terá programação dedicada a crianças

Criado em 21/05/13 09h41 e atualizado em 21/05/13 19h13
Por Adriana Franzin Fonte:Portal EBC

Seminário de Comunicação Infância e Adolescência em Salvador
Ideia da rádio para crianças começa a tomar corpo com a realização do primeiro Seminário de Comunicação, Infância e Adolescência (Foto: Adriana Franzin/EBC)

Foi  a partir de uma outorga concedida para a implantação de uma rádio em Simões Filho, na Bahia, que surgiu a ideia de se criar uma estação voltada para crianças. O projeto, que surgiu dentro do  Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), toma corpo com a realização do primeiro Seminário de Comunicação, Infância e Adolescência, que foi aberto hoje, em Salvador.

Assista ao evento ao vivo

“Tudo o que é relacionado à mídia para criança é para vender algo. A gente quer fazer uma rádio para ouvir a criança”, afirmou Pola Ribeiro, diretor-geral do Irdeb. Por isso, segundo ele, foram convidadas diversas instituições de apoio à Infância, como a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (CEDECA-BA). De acordo com o criador do projeto, essas e outras parcerias serão formadas para somar conhecimento e ideias.

A intenção vem de encontro à necessidade da comunidade jovem do município pioneiro na iniciativa, que, segundo Augusto Leal, presidente do Conselho de Cultura do local, sofre com vários tipos de vulnerabilidade. Ele citou dados do levantamento do Mapa da Violência, que apontou o município como campeão nacional de 2012 em números de homicídio, com a marca de 146 mortes para 100 mil habitantes. No ano anterior, a estatística que rendeu o posto de vice, era de 175 mortes, sendo que dessas, 71 era de jovens. Leal destacou a importância de não só criar uma rádio para essa comunidade, mas fazer com que o projeto contribua para a formação educacional e profissional engajando a população local.

Aliás, a protagonização das crianças nesse processo foi o principal tema do primeiro dia de encontro. A começar pela abertura com a apresentação da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). A madrinha da rádio e embaixadora da UNICEF, Daniela Mercury, disse que o Brasil tem um potencial de produção de conteúdo extraordinário, mas ponderou que as crianças e jovens precisam estar à frente do projeto, porque, na opinião dela, a audiência da internet, por exemplo, é muito mais convidativa: “Essa é a era do protagonismo e é por isso que a internet é interessante porque lá todo mundo é importante”.

Quebrando o protocolo, a artista dirigiu um momento de descontração, em que pediu que as autoridades presentes, e até o mestre de cerimônias, cantassem canções que indicariam para serem apresentadas na rádio infantil. Assim, Pola Ribeiro; o Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim; o Secretário de Comunicação do estado, Robinson Almeida e o locutor Leto Vieira, entoaram, junto com o público presente, músicas como Cajuína (Caetano Veloso), História de uma Gata (Os Saltimbancos – Chico Buarque), Carinhoso (Pixinguinha) e Desafinado (Tom Jobim).

Robinson Almeida enfatizou a importância da rádio como uma ferramenta de construção de valores e de cidadania aliada da família e da escola. Nesse contexto, ressaltou o papel das emissoras públicas de comunicação: “Na rádio comercial, o ouvinte é consumidor. Na rádio pública, o ouvinte é o cidadão”.

Lydia Hortélio é uma das mais reconhecidas autoridades na pesquisa sobre a cultura da infância. Durante o I Seminário Comunicação, Infância e Adolescência, ela ressaltou a importância do brincar e das músicas tradicionais na formação da identidade brasileira.  Assista abaixo:

Creative Commons - CC BY 3.0 -

A rádio, que está sendo discutida nesse evento, ainda não tem data prevista para entrar no ar. A expectativa, segundo Pola Ribeiro, é que dentro de três a quatro meses o projeto seja implementado. A ideia é que a transmissão também seja disponibilizada por satélite e pela internet.

Creative Commons - CC BY 3.0

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